Primeiro ato
Gritei tanto que não fui ouvido. Corri demais e permaneci onde estava.
Quis tão afoitamente que o desejo assustou-se. Persegui o tempo, soprei
a ventania, desprezei a cautela, caí da cama. Achei que perderia e a perda
já estava achada.
Segundo ato
Fui ouvido no silêncio. A quietude levou-me mais longe.
O desejo desejou-me, sem instigar minha resistência. Fiz as pazes com os
segundos, abdicando de ser sempre o primeiro, aventei novas possibilidades,
apaixonei-me pela calma, caí na cama. Achei-me na perda, perdendo o medo
de me perder.
Gritei tanto que não fui ouvido. Corri demais e permaneci onde estava.
Quis tão afoitamente que o desejo assustou-se. Persegui o tempo, soprei
a ventania, desprezei a cautela, caí da cama. Achei que perderia e a perda
já estava achada.
Segundo ato
Fui ouvido no silêncio. A quietude levou-me mais longe.
O desejo desejou-me, sem instigar minha resistência. Fiz as pazes com os
segundos, abdicando de ser sempre o primeiro, aventei novas possibilidades,
apaixonei-me pela calma, caí na cama. Achei-me na perda, perdendo o medo
de me perder.
..."perdendo o medo de me perder."
ResponderExcluirLindo Hélcio! Gostei muito. Um beijinho com amizade, Ana Casanova.
Belo poema.
ResponderExcluirUm pouco paradoxal... Mas que se alcança o desejado...
Lindo!
Uma linda semana de paz.
Bjos!
De maneira diferente escrevemos sobre o mesmo tema, que grata coincidência! Gostei muito dos teus escritos moço, vou ficar por aqui lendo mais um pouco.
ResponderExcluirBeijos pra Ti
Ameiiiii...profundo...lindo...sei que muitas vezes as pessoas ficam presas no primeiro ato... mas com certeza, tudo flui, se vivermos como no segundo ato...
ResponderExcluirBeijo...boa semana
Valéria