Ganhar não significa que está tudo certo. Perder não é sinônimo de que tudo deve mudar. Há vitórias enganosas, perigosas, que escondem fragilidades subterrâneas. Algumas derrotas representam os primeiros e decisivos passos em direção às grandes transformações.
Não sei o que aconteceria politicamente, caso a seleção brasileira conquistasse a Copa. Também desconheço o que ocorrerá, após o fiasco diante da Alemanha. E fico muito preocupado com a simples menção ao nexo entre uma coisa e outra. O voto emocional, passional é tão perigoso quanto qualquer outra atitude determinada por uma mente em chamas. A mim, pouco importa o resultado de uma partida de futebol, quando penso na escolha de um Presidente da República. Os nossos destinos não deveriam ser comandados por dados, pela boa ou má sorte de uma equipe de atletas. Não atribuo à escolaridade de um candidato sua boa ou má gestão. A história da humanidade aponta para inúmeros exemplos, em que ditadores, déspotas implacáveis, genocidas gélidos portavam diplomas de cursos superiores. Alguns, senão todos, sentiam-se e comportavam-se como se fossem, de fato, superiores.
O Brasil (e o mundo) precisa de sensibilidade humana, de inteligência emocional, de humildade, indispensável a todo aquele que se propõe a realizar algo grandioso, duradouro. Uma equipe de futebol não conquista vitórias e mais vitórias, a partir de individualidades, apenas. O craque é o toque de classe, o diferencial criativo. Mas nada adiantará se em torno dele gravitarem mentes submissas ao seu talento. Da mesma maneira, o Estado não deve ser personalista. Ao contrário, o bom governo resulta do trabalho em equipe, da associação harmoniosa de competências, da rima perfeita entre as diversas áreas de atuação.
Ao meu modesto sentir, o analfabetismo funcional, entendido como a incapacidade de leitura das diversas realidades de uma cultura, é a patologia social mais grave. Daí defluem a intolerância, todas as malévolas espécies de preconceitos e discriminações, o darwinismo social e o complexo de vira lata, com todas as suas camuflagens, como o elitismo exacerbado e outros espasmos egóicos mascarados, ainda que não seja carnaval.
Não defendo a europeização do Brasil, tampouco que a Europa vista-se de verde e amarelo. Espero que o futebol brasileiro abandone a estrutura arcaica dos cartolas e que jamais perca a ginga, o improviso, a leveza dos dribles quase circenses. Ao mesmo tempo, desejo profundamente que o povo brasileiro, do qual faço parte orgulhosamente, não se contente com pão e circo. Mas sem perder a ternura jamais.
Não sei o que aconteceria politicamente, caso a seleção brasileira conquistasse a Copa. Também desconheço o que ocorrerá, após o fiasco diante da Alemanha. E fico muito preocupado com a simples menção ao nexo entre uma coisa e outra. O voto emocional, passional é tão perigoso quanto qualquer outra atitude determinada por uma mente em chamas. A mim, pouco importa o resultado de uma partida de futebol, quando penso na escolha de um Presidente da República. Os nossos destinos não deveriam ser comandados por dados, pela boa ou má sorte de uma equipe de atletas. Não atribuo à escolaridade de um candidato sua boa ou má gestão. A história da humanidade aponta para inúmeros exemplos, em que ditadores, déspotas implacáveis, genocidas gélidos portavam diplomas de cursos superiores. Alguns, senão todos, sentiam-se e comportavam-se como se fossem, de fato, superiores.
O Brasil (e o mundo) precisa de sensibilidade humana, de inteligência emocional, de humildade, indispensável a todo aquele que se propõe a realizar algo grandioso, duradouro. Uma equipe de futebol não conquista vitórias e mais vitórias, a partir de individualidades, apenas. O craque é o toque de classe, o diferencial criativo. Mas nada adiantará se em torno dele gravitarem mentes submissas ao seu talento. Da mesma maneira, o Estado não deve ser personalista. Ao contrário, o bom governo resulta do trabalho em equipe, da associação harmoniosa de competências, da rima perfeita entre as diversas áreas de atuação.
Ao meu modesto sentir, o analfabetismo funcional, entendido como a incapacidade de leitura das diversas realidades de uma cultura, é a patologia social mais grave. Daí defluem a intolerância, todas as malévolas espécies de preconceitos e discriminações, o darwinismo social e o complexo de vira lata, com todas as suas camuflagens, como o elitismo exacerbado e outros espasmos egóicos mascarados, ainda que não seja carnaval.
Não defendo a europeização do Brasil, tampouco que a Europa vista-se de verde e amarelo. Espero que o futebol brasileiro abandone a estrutura arcaica dos cartolas e que jamais perca a ginga, o improviso, a leveza dos dribles quase circenses. Ao mesmo tempo, desejo profundamente que o povo brasileiro, do qual faço parte orgulhosamente, não se contente com pão e circo. Mas sem perder a ternura jamais.
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