sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Somente

A dor mente

mormente

quando está 

dormente a dor.

6 comentários:

  1. Por que a dor pungente
    aperta a vida da gente,
    camufla-se em sombras,
    sobras de sonhos mal sonhados?
    Por que as brumas teimam e tatuam os dias,
    encobrem a luz,
    escurecem o céu,
    e deixam um gosto amargo de fel?
    Por que falar da falta que ele faz,
    se a palavra que calo é ambígua,
    retaliada e escandalizada?
    Por que o perfume que permeia a vida,
    provoca uma sensação de repúdio,
    pulveriza as paixões perversas,
    estimula a febre e fere a sensatez?
    Por que me troco a troco de nada,
    se não te toco da urgência do toque,
    se o que sinto sussurra no vento
    o último sortilégio dos deuses?
    Por que enquanto o mundo dorme,
    meu uivo insano ecoa nos telhados
    e promete a remissão dos pecados?
    Que o fardo se torne ao menos suportável,
    leve embora o cisma de vez
    trazendo o alívio do abraço do amado.

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  2. Comentário soberbo e sem soberba...não há olhar que não o beba, até embebedar-se de vida!

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  3. Não há dor que se esconda muito tempo por medo de doer, escondidas ganham apenas tempo para crescer...melhor enfrenta-las agora, do que deixar o tempo correr...

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  4. Por isso tenho corrido todos os dias, Alice...deixando o suor escorrer!!

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  5. O bom do seu blog é que não só os posts são ótimos, como também os comentários e suas devidas respostas.

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  6. Com certeza, Angela...este espaço guarda os passos de muitas mãos inspiradas!!

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