quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Ela

O filme "Ela" é janela para um futuro tão presente em nossas vidas.
A solidão gritante, as memórias escondidas na estante, a necessidade
inadiável de ter ao menos um dia diferente, nem que seja só por um
instante.
Sistemas operacionais suprindo ausências sufocantes, a voz onipresente,

decifrando abismos, abalos sísmicos nas emoções, todos os sons da alma
reunidos na existência incorpórea, que torna o corpo quase desnecessário.
Inteligência artificial, que atinge em cheio existências superficiais. Subitamente,
a mente sucumbe às pulsões que fazem o pulso bater de novo com força.
Assim, como afirmar categoricamente o que é real? A trajetória do protagonista foi alterada pelo timbre da cumplicidade, da harmonia, da intuição, que foi capaz de dissolver o que os olhos viam e de devolver ao coração o que ele tanto queria e precisava "ver".

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