Fascina-me o imprevisível, o acontecimento que subverte a agenda,
o fato que ilude o tempo, que dá uma rasteira na monotonia, que
deixa tudo de trás para frente. Encanta-me o que nada tem de
indiferente. O repentino, que me entrega um sorriso de menino,
o atiçante, que eriça a pele, resfriando a espinha e aquecendo a
imaginação. Benditas as lufadas do novo, que retiram as almofadas
e me fazem caminhar de novo. Que me tragam as frases levadas,
soando como trovoadas num céu de brigadeiro. Que cada janeiro
seja dedicado jardineiro, plantando frutos saborosos. Jorrem milésimos
de segundos sobre a criatividade irrefreável, que os transforme em pequenas
eternidades, para onde migrem todas as saudades de múltipla cidadania.
Como ninguém dizia: por mais que seja amargo, é doce gostar de jiló.
o fato que ilude o tempo, que dá uma rasteira na monotonia, que
deixa tudo de trás para frente. Encanta-me o que nada tem de
indiferente. O repentino, que me entrega um sorriso de menino,
o atiçante, que eriça a pele, resfriando a espinha e aquecendo a
imaginação. Benditas as lufadas do novo, que retiram as almofadas
e me fazem caminhar de novo. Que me tragam as frases levadas,
soando como trovoadas num céu de brigadeiro. Que cada janeiro
seja dedicado jardineiro, plantando frutos saborosos. Jorrem milésimos
de segundos sobre a criatividade irrefreável, que os transforme em pequenas
eternidades, para onde migrem todas as saudades de múltipla cidadania.
Como ninguém dizia: por mais que seja amargo, é doce gostar de jiló.
Hélcio,
ResponderExcluirNa vida só a mudança é certa.
Retas "dizem" : opção correta!
Porém prefiro errar
Sigo em curvas
Insidiosas e turvas
Tortuosos labirintos me atraem
Dispenso certezas enganosas
Vejo os sofismas que me traem
Insisto em tramas sinuosas
Paraísos falsos me distraem
Mas eu sempre retorno aos infernos astrais
Há perigo em cada esquina
Saio sozinha e atravesso temporais
O tênue equilíbrio me ensina
Perder o juízo e abrir os portais
Revelar incertezas e tramas da sina
A alma me guia por caminhos amorais
De janeiro a janeiro a estrela matutina
Deusa do amor e da beleza inspira nós mortais
Oh Vênus me ilumina!
Doce,amargo,ácido e salgado: prazeres sensoriais
Mente que prova a diversidade sem disciplina
Percorre distâncias abissais
Bagunça,provoca sentidos e me inclina
É disso que vivo em buscas colossais
Iludindo o tempo e a monotonia cretina
Prossigo em descompasso e rebeldia imortais
Nathalia,
ResponderExcluir"a monotonia cretina"...adorei a expressão.
Estagnação, água parada, coração congelado, emoções sem sons, sem gemidos, sem grunhidos, seres não vividos.
Visitou-me súbita vontade de ouvir, no mais alto volume, o texto de Paulo Pontes, na magnífica "Brasileiro. Profissão: esperança".
Seu comentário é um hino à irresignação, é injeção de vida na veia, é um chamamento à mudança - existe dança mais envolvente que essa?