Não digo coisa com coisa. Seria muito chato.
Digo de muitas maneiras, sempre escancarando as torneiras,
escandalizando as trincheiras da patética normalidade.
Profiro a ética da palavra selvagem, sem cabresto.
Firo a calmaria, para que sangre novidades.
Prefiro arriscar a alma do que riscá-la do mapa das nações soberanas.
São profanas minhas utopias. Não verto sobre as pias a água de mãos lavadas.
Elas são levadas, inventam itinerários, invertem os horários da prontidão.
Minhas mãos falam o idioma de minha língua, conhecem o paladar da liberdade,
trafegam em tuas costas suadas e ofegantes, na contramão do que conhecias.
Quando ias eu vinha, para que fosses outras tantas, em parábolas tântricas, sem parar, sem esperar que esperes, por saber que queres desesperar.
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ResponderExcluirFantástica a sua leitura, percepção e sintonia com esse desespero, My.
ResponderExcluirE o desespero que julgava conhecer se veste de novo sentido, nas palavras moldadas de sons e imagens, que me invadem e desesperam. Muito bonito mesmo !!! Beijos
ResponderExcluirAnte o desespero ninguém compreende
ResponderExcluirsó conselho,
depois da coisa feita, diagnosticam
como loucura, como se nada soubessem
que louco é o desespero que não se
desenrola, se rasga por inteiro...
Navego no teu barco meu amigo
bem louca queria se-lo...
Livinha, o barco ama o mar e o cais. Eu também queria sê-lo, como uma carta sem selo, pronta para postar.
ResponderExcluirAlice, esse é o melhor desespero, que se despe e não se despede, que pede para ficar.
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