E os olhos dela esbarraram nos dele, como outubro em setembro.
Inventaram um silêncio às pressas, na falta de algo melhor.
Leram-se sem se interpretar, isso ficaria para depois.
Quanto durou?
Segundos ou milésimos de eternidades?
Os relógios embaçados, latejando nos pulsos, tomando impulso para saltar.
Tomados de assalto, os olhares misturados não conseguiam se desembaraçar.
Entre eles, um colar de impossibilidades anônimas, nem boas nem más.
E os caminhos foram retomados.
Mas com os olhares trocados, para onde irão caminhar?
Um breve, mas muito intenso, momento daqueles que se fazem eternidade.
ResponderExcluirUm beijo
Outro, Lidia.
ResponderExcluirCoisa mais impressionante, seu manancial de beleza é contínuo e inesgotável!
ResponderExcluirtem horas que acho que meu olhar se foi, em um mergulho sem volta, pelos rumos de um caminho ameno e gentil...tem horas que encontra de volta as pressas o chão, quando percebe que no olhar em que viajava há apenas interrogação...
ResponderExcluirMas a interrogação não pode ser respondida e o olhar correspondido, Alice?
ResponderExcluirAcho que a resposta e a compreensão não caminhariam para o mesmo sentido, mas quem sabe? em futuros mergulhos com mais coragem =)
ExcluirInesgotável é o carinho de suas palavras, Angela.
ResponderExcluiruma lindeza de texto....profundo!
ExcluirAbraço carinhoso, Soninha.
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