segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Vertigem


E se o destino for mudo?
Não será nenhum desatino interpretar seus sinais.
Ele pode ser mudo e eu posso mudar, me dar outras portas, para abrir e fechar.
Não farei dele meu escudo.
Escuto a voz das estrelas mais remotas, viajo por corredores de luz.
Todos os dias dou uma volta ao mundo, no modo avião.
Faço escalas nas escolas sem muros, aprendo futuros que não sei ensinar.
Desacredito em sina, a vida sequer assina seus manifestos.
Gosto de festas, melhor ainda quando estás.
Minha imaginação esgueira-se pelas frestas da rotina, escapando da guilhotina do marasmo.
Minha retina não faz planos, ela vê o horizonte vertical.
Ver-te é vertigem, da maneira mais natural.


6 comentários:

  1. O modo como que escreve dá vertigem.
    Uma aventura que entontece a cada linha.
    Vagueia a vida nesse vai e vem.
    Escapando da besta da rotina.
    Mudando o mudo mundo e seus muros.

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  2. Ignorando os muros, declarando tombados os muros, sem esmurrá-los.

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  3. Mas como resistir e não esmurrá-los?
    Derrubar muros, declará-los tombados, desqualificá-los...
    A ideia é desmistificá-los.
    Seguir os sinais sem se deter diante deles.

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  4. Murros nos muros ferem as mãos...estaríamos na contramão de nossos desejos. Resistir sempre, mas cuidando da gente, até porque precisamos permanecer saudáveis, pois o desgaste é inevitável, diante da imensidão de "fortalezas" que precisaremos transpor.

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