quinta-feira, 29 de julho de 2010

carta ao espelho

Leite derramado
que escorre na rua,
sob a lágrima
que seu olho sua

Amor esquecido
debaixo da porta,
ao lado da notícia
que a chuva recorta

Diante da imagem
que o espelho não gosta,
escreve a ti mesma
e espera a resposta.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

equilíbrio?

Por vezes,
há mais relógio que horas,
menos trovão que raio.

Acontece
de eu não perceber que demoras,
levo um tropeção, mas não caio.

a flor e o espinho

Quero o impossível
Abraço a improbabilidade
Vejo o invisível
Desprezo a fatalidade

Sou surdo aos argumentos
que justificam a covardia
Explodo em sentimentos
e renasço todo dia

Não se orgulhe da dureza,
que engessa sua vida
Não abuse da certeza,
liberte-se para a dúvida

Orgulho excessivo?
Previsível seu caminho:
desenlace compulsivo,
pouca flor e muito espinho

terça-feira, 27 de julho de 2010

4x4

Calma? Sem calmante.
Alma?  Corpo errante.
Cama? Sempre amante.
Carma? Atenuante.

dia e noite

No dia do meu aniversário,
me dá um sorriso de berçário.
Na noite mais bonita,
ressuscita a minha sede com uma lágrima bendita.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Você, a preferida

Lança                   a ferida
Balança                 aferida

Redução                referida
Dedução                inferida

Amortização          conferida
Ação do amor       deferida

sábado, 24 de julho de 2010

música em você

Tu és
veleiro em noite clara

Tu és
a Lua sob o lençol

Tu és
mistério que se declara

Tu és
silêncio em si bemol

sexta-feira, 23 de julho de 2010

vôo livre

Dispenso a toalha,
prefiro o ar
Que a água escorra,
que a morte morra,
voar, voar

Propenso à claridade,
indefiro a treva
A terra não tem idade,
a rocha não tem saudade,
invade, invade

quinta-feira, 22 de julho de 2010

o que soul

Sou novamente antigo
Eu sou a maré
Eu sou pão e sou o trigo
Sou mais que isso, até

Sou a chama que se acende
Eu sou o lampião
Sou o que você não compreende,
mas não sou em vão

Sou a beira do caminho
Eu sou a voz do vento
Sou a embriaguez do vinho
e a lucidez que invento

Soo como soa o sino
Suo sua procura
Sou também seu desatino
e o seu bem sem cura


Sou a fresta da estrada,
que convida à mudança
Soul e blues na madrugada
Sou o som que te balança.

roteiro de viagem

Passeio por mim,
qual turista.
Perambulo pelos
escombros das lembranças,
navego pelas lágrimas
sem legenda,
ancoro em certos sorrisos
incertos.
Tropeço em datas,
sem cair,
ajeito a gravata,
que não uso mais,
descalço o sapato
antisocial,
desleio a agenda
e dobro a esquina,
em cinquenta e cinco pedaços.

terça-feira, 20 de julho de 2010

"mesmo esquecendo a canção"

Amizade
é café com sentimento,
é banquete na calçada,
é fé, consentimento
para tudo ou quase nada.

de novo

Remexe meu sono
Acorda meu dia
Floresce no outono
Entorna poesia

Distrai meus enganos
Brinca comigo
Refaz os teus planos
Esquece o umbigo

Me dá tua mão
Me conta um segredo
Aquece o pão
Esfria o medo

sábado, 17 de julho de 2010

probabilidades

Se titubeio, bobeio
Se invisto, creio
Se exagero, edito
Se pondero, medito
Se adio, adios
Se deposito, depois
Se exito, dou nós
Se êxito, nós dois

sexta-feira, 16 de julho de 2010

ego

Desen(canto)
Desap(ego)

Des(pedida)
Des(proteção)

A voz do ego
pedindo proteção?
Prefixo que renego
dizendo sim ao coração?

suposição

Se trai o sofrimento,
retrai a retirada,
subtrai todo o lamento,
contrai o tudo e o nada.


Se traz o sentimento,
detrás  da ansiedade,
distrai meu pensamento,
atrai minha saudade.

retoque

Requentar?
Esquentar é bem melhor.

Rejeito?
Gosto mesmo é do teu jeito.

Receios?
Prefiro os  teus seios.

Retorno?
Recomeço do transtorno?

Revolta?
Só se for outra volta.

Recolher?
Pra acolher melhor o fruto.

Refugas?
Melhor fugir das fugas.

Retira?
Antes isso, que mentira.

Reparto?
Nascer de novo.

Recato?
Recolho e te entrego.

Renego?
Reafirmar a negação?

Remar?
Navegar em outro mar.

Revide?
Olhar, de novo, e ver melhor.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

quem?

Quem é você,
que chega de mansinho
e depressa faz seu nome
decorar o meu caminho?

Quem é você,
sobre a cama que flutua,
que me faz perder o chão,
decolando rumo à lua?

Quem é você,
que me rouba os sentidos,
mas me torna mais sensível
aos meus sonhos escondidos?

sax

Espalhe jazz por toda a tez
Saque seu fone e diz assim,
em dó maior, o que a fez
amanhecer tocando em mim.

também

Início do amor,
no final do dia,
sorrisos reunidos,
clima de euforia,
me faz bem!

Cheiro de delícia,
vindo da cozinha,
ausência de malícia,
você sorrir sozinha,
me faz bem!

Chico e Tom Jobim,
inventar um jogo,
você perto de mim,
gol do Botafogo,
me faz bem!

Descrever estradas,
escrever poesia ,
sair por entradas,
sentir a maresia,
me faz bem!

Jogar futebol,
fazer gol,
ver o por do sol,
descobrir quem sou,
me faz bem!

Falar de amor
e filosofia,
driblar a dor,
confiar em quem confia,
me faz bem!

Gargalhada boa,
a qualquer momento,
e ficar à toa,
sem arrependimento,
me faz bem!

Ser o que proclamo,
cuidar da saúde,
abraçar quem amo,
tanto e amiúde,
me faz bem!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

chuva

As ruas amanheceram lavadas,
o azul pelo ceú esquecido,
desliza suor nas encostas

Noite e manhã, meninas levadas, 
brincando e soprando no ouvido
palavras travessas, que tanto gostas

terça-feira, 13 de julho de 2010

confesso que vivi

Já chorei
Já sofri
Jacaré,
eu já vi

Já fui rei
Fui saci
Jaca, né,
já comi

Já casei
Grande amor,
eu vivi
Bom te ver,
bem- te- vi

Te esquecer?
Esqueci
Ao escrever,
revivi

a cor da solidão

Tem gente que machuca gente,
agente do desamor.
Há quem machuque a gente
e não suporte a própria dor.

Indiferença é solidão, 
uma casa muito escura.
Diferente é compaixão, 
experimente, é sua cura.

brincadeira de roda

A vela, pra iluminar
Há vela, pra ir pro mar
Revela, pra cedo ir
Revê-la, pra seduzir

A veia, para sangrar
Aveia, para nutrir

A teia, para a aranha
Ateia, pra incendiar
 
Areia, sem arranhar
Arreia, pra cavalgar

A terra, para plantar
Há Terra, para salvar

Halteres, pra exibir
Alter ego, pra ocultar

A ceia, pra reunir
A seita, pra dividir
Aceita, pra eu sorrir

Avenca, pra harmonizar
Avença, pra aproximar

Me vença, pra eu ganhar!

Ah! venha, pra eu te amar!

café com (de)leite

Café misturado ao beijo
Sabor de menta e desejo
Doce o sal da saliva
A pequena morte é viva
Meandros da tua alma,
que provo e aprovo, com calma 
Escafandros a caminho,
para mergulhar em meus medos
sozinho
Eternidades de qualquer tamanho
em abraços que dou e que ganho
Pegadas do doce e louco desejo
no café, na saliva e no beijo

Sonho real

Sair pelas ruas cantando

Ouvir       o    vento        falar  

Nuvem      tocando   a    pele

Hiato entre o medo e o agora

Ondas   de     paz       matinal

bom dia

Ainda dormes.
Movo-me, de mansinho,
pois teus sonhos
ainda vão espreguiçar.

Peço que me informes
mas, de todo modo, eu adivinho,
se é melhor um beijo
ou um raio de sol,
ao despertar.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

enfim

Não voltarei atrás,
pois os passos já passaram
Seguirei em frente,
até estar de frente a mim

O que será fugaz,
se as fugas terminaram?
Um meditar contente,
atestar que me encontrei, enfim!

a luz do desejo

Meus olhos estão nas mãos,
enxergo pelo tato,
sua boca em meus desvãos,
meu pudor perde o contato.

Luz acesa, quarto escuro,
me procuro e não me acho,
em seus cabelos me seguro,
o desejo enche um tacho.

contratempo

E se o tempo parasse,
de repente?
Para onde iria a pressa?
E você, o que faria?

Mas se as horas corressem,
loucamente,
até a dor passaria depressa.
Mas a vida toda só seria...um dia.

domingo, 11 de julho de 2010

para sermos

Deixo, sobre a calçada,
junto ao leite e ao pão,
meia dúzia de intenções.
Assim, com a alma lavada
e a esperança na mão...
mas sem sermões.

sábado, 10 de julho de 2010

o som da soma

S  etembro, para os cabelos
O  ásis, para os olhos
M  adrugada, para a boca

A  lma, para o corpo inteiro

eu e os outros

Imaginei reunir
todos que já fui:

a criança, o rapaz...
Deixar fluir
o que sopesa e o que intui,
serei capaz?

Descobri, contudo,
reunidos já estão,
eloquente ou quase mudo,
eu sou muitos, eles não.

desvendar

A paixão, em mim, não é hormonal,
não chegou agora, ela vem de longe.
O que me eriça a alma, não é o normal,
é o que transcende, mas não sou monge.

Kerouac, Nietzsche, Jobim,
terra molhada, amendoeira, maio, quintal,
breve resumo de mim,
sem vendas...lual...vendaval

sexta-feira, 9 de julho de 2010

copa e cabana

Que fazer com o pior
que há em nós?
Para debaixo do tapete varrer
ou tentar desatar os nós?
Almas miseráveis
vivem até em castelos
Qual será a origem
de tamanhos flagelos?
Ídolos de barro,
que convidam ao precipício
Concebidos, escondidos,
abandonados desde o início
Dizem que a seleção
é a pátria de chuteira
Mas o simples cidadão
anda descalço a vida inteira.

manhã da noite

Eu te entrego
as estrelas
que a noite
esqueceu de levar.

Eu me entrego
às estrelas,
para que, à noite,
você me veja brilhar.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

eu e ela

Partam minha alma ao meio,
olhem bem, sem receio...
estrelas, do céu e da terra,
um choro sentido,
uma longa espera,
palavras pingentes, no ouvido,
um garoto magrinho,
caminhando sozinho...
é o que verão.

Partam minha alma em pedaços,
mas é preciso escutar...
um suplicar de abraços,
rimas, amor e o mar,
um refazer infinito,
indecifrável o grito..
é o que ouvirão.

Partam, deixem a alma comigo,
serei dela o abrigo,
e ela, minha porta de entrada.
Ela, que mal adivinha
onde vai dar a estrada.
Minha alma... é tudo que sou...
e mais nada.

mu dança

Musicar conforme a dança,
ir com poucas,
não com as outras,
ser Quixote e Sancho Pança

Intolerância e abandono,
lágrimas que ninguém vê.

A esperança não tem dono,
se entrega a quem nela crê.

Por que?

Por que
tanta violência contra uma pessoa?
Por que
não se importar com o quanto doa?
Por que
o desprezo pela vida?
Por que
mesmo preso, não se intimida?
Por que
falar em Deus, se há tanta cobiça?
Porque
feminina é, também, a palavra justiça

ps: o texto é um libelo contra toda e qualquer violência contra a vida.

vamos

Vem
mudar a minha rima
Vem
desarrumar meu pensamento
Vem
confundir minha retina
Vem
desatinar o algoz que invento


Vou
desarrumar minha rotina
Vou
desafiar seu sofrimento
Vou
mudar a sua sina
Vou
confundir a voz do tempo

presentes bem passados

O tempo passeia por mim,
tira fotos, sem negativos.
Há tempos, desconfio do fim,
e tenho lá os meus motivos.

Coleciono presentes,
sem amarrotar.
Assim passados,  futuramente,
terei presentes pra dar.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

breve

Saudade é coisa estranha,
quanto mais, quanto menos...
é falta, é ausência tamanha,
é presença do que tivemos

sempre(ssa)

Entrar em seus domínios
não é algo premente,
é preciso que a gente
se penetre...no olhar

Sair de tua órbita,
tem que ser com calma,
até que tua alma
comece a exorbitar.

Lavoisier

Amor não se cria,
não se apropria
Amor não se perde,
nem se impede
Amor se transforma...

Amor  não tem dono,
nem sente sono
Amor não tem cura,
nem se mistura
Amor não tem norma...

Amor é da gente, 
onde tudo começa
Se palavra somente,
acaba depressa.

terça-feira, 6 de julho de 2010

atração

Garoa e temporal
criadora e criação
amorosa e sensual,
magnética atração

Faça acontecer,
não espere nem um dia,
disfarça, se eu morrer,
faz de conta que eu nascia.

simplicidade

Amor,
vem me tirar os medos
Amor,
vem me tirar dos trilhos
Amor,
vem me contar segredos
Amor,
vamos juntar os brilhos

Amor,
nem que seja por um tempo,
vamos ouvir o vento,
desperdiçar a dor...
Amor,
vem me trazer sabor.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

o poder das palavras

Escrevo o que sinto
sem códigos ou senhas,
deito e afrouxo o cinto,
inspiração, que me tenhas.

Falo, sem mentira,
e espero que me entenda,
o que, de mim, ouvira
é eterna oferenda.

motim

Sou tantos, em mim...
palavras soltas,
a surpreender...


Há santos, em motim...
em mil revoltas...
pra se perder
dos prantos,
e dos tantos...
que há em mim.

o pequeno príncipe

Raposas e galinhas...
o bem e o mal... onde estão?
Um pote de eternidades, se adivinhas,
passemos para outra parte, então.

Cativar é essencial,
na visão de Exupery,
o que torna alguém especial
é o tempo que, com esse alguém, "perdi"

Se houve um verbo, ao principiar,
se tudo começou daí,
o tal verbo só pode ser amar
e foi "perdendo" tempo que sempre vivi.

domingo, 4 de julho de 2010

se...

Incoerência
é incorrer em reticência?
socorrer a consciência?
ou só correr da paciência?

Ao meu olhar,
incoerente é não amar,

preferindo a rigidez
à beleza do talvez.

rua das acontecências

O que está acontecendo?
Quero chover em teu ser,
não quero sido, prefiro sendo...

O que acontece?
Trovejo de pulsões,
verto vertigem, ver-te, não vendo...

O que aconteceu?
Neblinei todo o tato,
perdido em ti, em pleno ato...

O que acontecerá?
Estarei ensolarado,
imerso na pureza,
emergindo do pecado.

p.s.:  what's going on? Do mergulho, beberei o som!!

inspiração

Postagem
que remete, mira

Miragem
que intromete, atua

Tatuagem
que se mete, vã


Vantagem
que promete, imã

Imagem
que mente, passa

Passagem
semente, via

Viagem
somente ia

Bobagem
demente dia

Postagem
premente filha

sábado, 3 de julho de 2010

wave

E se...
meu calor tocar no seu?

E se...
sua fome provocar a minha?

E se...
o talvez se perder no breu?

E se...
seu segredo o meu adivinha?

E se...
depois de tanto, remanescer?

E se...
nossos gritos, o mundo ouvir?

Esse
será, em mim, o amanhecer

desse
flutuar que há de vir

ambos

Amor e paixão...
quando é um,
quando os dois?

Amor e paixão...
se nenhum,
não há depois.

Amor com paixão...
dois em um,
magia, pois.

desaniversário (por Patrícia Gonçalves)

Andar,
venho andando há tempos...a esmo, sem bússolas.
Chegar...contratempo de percurso...
desvios e atalhos no caminho,
em meio às buscas,
fui eu a encontrada...
garota perdida, que bate à porta,
mundo novo que se apresenta...
desconhecido...
carinhos, desejos e medos...
o gato de Alice...alianças aladas, desaniversários vários...
venha comer um pedaço de bolo,
vamos comemorar a vida, o novo, inusitado,
o insólito, que se apresenta...
um basta nas falas, roteiros escritos ...
personagens aguardados ...
andemos, inventemos subverter toda ordem pretendida!
Caminho que se ascende, de mãos dadas ...
medo que se olha no olho, não é mais medo!

p.s.: não poderia colocar aqui nenhum outro poema, a não ser o que fiz pra você, do sentimento que me inspirou. Mas, como poetas e loucos, buscamos caminhos..., caminhos errantes..., ora paralelos, ora se cruzam, algumas vezes, se fundem na mesma rota, outras se perdem na trilha. Mas o sentimento perdura, assim como a ternura e todos os versos de uma linda poesia. Beijo Grande!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

beleza plural

Intensidade,
criatividade,
atividade intelectual...
beleza é fundamental?

Leveza
ternura
elegância acima do normal...
beleza é fundamental?

Sensualidade
simplicidade
amorosidade toda especial...
beleza é fundamental?

O toque de alma
o jeito sensível
a arte final...

O que é beleza, afinal?

contudo...com tudo

Compaixão
para aceitar
Com paixão
puro néctar

Competição
para superar
Com petição
para esperar


Compulsão
impura mania
Com pulsão
pura magia

Compensar
anoitecendo

Com pensar
acontecendo

Contato
para aquecer
Com tato
para esquecer

Contíguo
seu, ao lado

Contigo
eu, alado!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

senha do amor

Nuvens
no céu da tua boca
decoram a não pouca
fome de mais

Penugens,
o mapa da mina
que me descortina
anseio demais

Tu vens,
batom sobre os lábios,
que tombam em meu rosto
deixando um gosto
que quero provar

Nu vou
e nua vieste
ternura é a veste
e a senha de amar

oito palavras

Desejo...

que seja...
ensejo...
pro beijo...
cereja...
deseja?

dança das palavras

Está tão claro...mas é segredo

o teto existe...mas é de palha
você se esconde...mas é sem medo
se traz pra mim...mas não espalha

Existe, é claro...mas é de palha
o teto esconde...mas não espalha
você pra mim...não é segredo
se traz amor...não há mais medo