Minha alma anda descalça,
quer sentir o frio e o calor
Minha alma despreza palavra falsa
e prefere ardor a dor
Minha alma não tem endereço,
ela não mora, ela namora
Minha alma não tem preço
Mesmo calma, ela chora
Minha alma é agitada e serena,
é irresignada e mutante
Minha alma é plena
de descobertas, a cada instante
Minha alma não é candidata,
ela ama a liberdade
Minha alma é autodidata,
aprendeu o que é a saudável saudade
terça-feira, 31 de agosto de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
o par
O que é amar uma mulher?
A fonte do prazer?
Fazer o que quiser?
Ou conhecer a fundo o outro ser?
Você já amou
verdadeiramente
uma mulher?
Mas amou por inteiro?
Amou, apenas, como ama o diinheiro?
Ou descobriu que não era um capricho qualquer?
Você deseja amar
uma mulher?
Prepare-se para enfrentar
seu medos
Desista de inventar segredos
E, sobretudo, aprenda a sentir mais,
haja o que houver
A fonte do prazer?
Fazer o que quiser?
Ou conhecer a fundo o outro ser?
Você já amou
verdadeiramente
uma mulher?
Mas amou por inteiro?
Amou, apenas, como ama o diinheiro?
Ou descobriu que não era um capricho qualquer?
Você deseja amar
uma mulher?
Prepare-se para enfrentar
seu medos
Desista de inventar segredos
E, sobretudo, aprenda a sentir mais,
haja o que houver
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
retratos
Sou tudo que há em mim:
livros e revistas,
jazz e jasmim,
aviões e suas pistas
Sou tudo que assimilei:
fórmulas mágicas,
tantos rostos que nem sei,
lembranças atávicas
Sou tudo que esqueci:
a hora do parto,
o amor que perdi,
o primeiro quarto
Sou tudo que fui:
o filho do pai,
a razão que intui,
a lágrima que cai
Sou tudo que serei:
o pai de mim mesmo,
o amor que desejei,
certezas a esmo.
livros e revistas,
jazz e jasmim,
aviões e suas pistas
Sou tudo que assimilei:
fórmulas mágicas,
tantos rostos que nem sei,
lembranças atávicas
Sou tudo que esqueci:
a hora do parto,
o amor que perdi,
o primeiro quarto
Sou tudo que fui:
o filho do pai,
a razão que intui,
a lágrima que cai
Sou tudo que serei:
o pai de mim mesmo,
o amor que desejei,
certezas a esmo.
sábado, 21 de agosto de 2010
precisão
Precisa-se
de marneceiros,
que produzam almas móveis
Precisa-se
de engenheiros,
que construam esperanças
Precisa-se
de advogados,
que defendam a utopia
Precisa-se
de obstetras,
que façam o parto da luz
Precisa-se
de odontólogos,
que extraiam a maldade
Precisa-se
de mágicos,
que distraiam o pessimismo
Precisa-se
de chefs,
que tenham a receita do perdão
Precisa-se
de faxineiros,
que limpem as mentes poluídas
Precisa-se
de adultos,
que saibam brincar
Precisa-se
de tempo,
para poder perdê-lo, sem culpa
Precisa-se
de silêncio,
para ouvir a voz do coração
Precisa-se
de muito pouco,
para entender que tudo o mais é supérfluo.
de marneceiros,
que produzam almas móveis
Precisa-se
de engenheiros,
que construam esperanças
Precisa-se
de advogados,
que defendam a utopia
Precisa-se
de obstetras,
que façam o parto da luz
Precisa-se
de odontólogos,
que extraiam a maldade
Precisa-se
de mágicos,
que distraiam o pessimismo
Precisa-se
de chefs,
que tenham a receita do perdão
Precisa-se
de faxineiros,
que limpem as mentes poluídas
Precisa-se
de adultos,
que saibam brincar
Precisa-se
de tempo,
para poder perdê-lo, sem culpa
Precisa-se
de silêncio,
para ouvir a voz do coração
Precisa-se
de muito pouco,
para entender que tudo o mais é supérfluo.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Sol
É manhã,
não é tarde, ainda
Todas as promessas
estão no varal
Há maçã
sobre a relva, linda,
em meio às conversas,
em alto astral
A chuva mudou
de destino
Despediu-se do Sol,
ao bater a porta
A uva murchou
a fome do menino,
que pediu um anzol,
pois Inês não é morta.
não é tarde, ainda
Todas as promessas
estão no varal
Há maçã
sobre a relva, linda,
em meio às conversas,
em alto astral
A chuva mudou
de destino
Despediu-se do Sol,
ao bater a porta
A uva murchou
a fome do menino,
que pediu um anzol,
pois Inês não é morta.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
celebração
É tão bom
Insensatez, com o Tom
É tão bom
Apoteose, Luana, Tainá, Elton John
É tão bom
da natureza ouvir o som
É tão bom
sentir vontade e comer bombom
É tão bom
dizer bom dia, sem perder o tom
É tão bom
chegar pertinho e sentir frisson
É tão bom
não comer mais filé mignon
É tão bom
fazer amigos, não perder o dom
É tão bom
admirar teus lábios, mesmo sem batom
É tão bom
ver nascer o dia, em azul neon
É tão bom
descobrir o encanto de Saigon
É tão bom
relembrar o primeiro Chicabon
É tão bom
paz, peace,paix, salaam, shalom
Insensatez, com o Tom
É tão bom
Apoteose, Luana, Tainá, Elton John
É tão bom
da natureza ouvir o som
É tão bom
sentir vontade e comer bombom
É tão bom
dizer bom dia, sem perder o tom
É tão bom
chegar pertinho e sentir frisson
É tão bom
não comer mais filé mignon
É tão bom
fazer amigos, não perder o dom
É tão bom
admirar teus lábios, mesmo sem batom
É tão bom
ver nascer o dia, em azul neon
É tão bom
descobrir o encanto de Saigon
É tão bom
relembrar o primeiro Chicabon
É tão bom
paz, peace,paix, salaam, shalom
terça-feira, 17 de agosto de 2010
retrovisor
Nunca tive catapora
Não sou amigo do rei
Ofereço um abraço a quem chora
O sapo, não fui eu que enterrei
Eu era bem magricelo,
não comia direito
Não sei tocar violoncelo,
mas a vida me toca com jeito
Até fui bom de bola,
de tanto driblar confusão
Não aprendi na escola
o que tenho na palma da mão
As palavras, fiéis companheiras
nunca me deixaram sozinho
Mesmo nas brincadeiras,
sempre fazia um versinho
Paixão pulsando nas veias
Os pés correndo no chão
Escapando de tantas teias
Aprendendo a dizer não
Trocava tanto de casa,
que esquecia o endereço
Mas poucas vezes confessava
como era caro aquele preço
Um dia, quebrei um dedo
e o corpo inteiro doeu
Eu fiz o meu próprio brinquedo
mas, depois, esqueci quem me deu
Não sou amigo do rei
Ofereço um abraço a quem chora
O sapo, não fui eu que enterrei
Eu era bem magricelo,
não comia direito
Não sei tocar violoncelo,
mas a vida me toca com jeito
Até fui bom de bola,
de tanto driblar confusão
Não aprendi na escola
o que tenho na palma da mão
As palavras, fiéis companheiras
nunca me deixaram sozinho
Mesmo nas brincadeiras,
sempre fazia um versinho
Paixão pulsando nas veias
Os pés correndo no chão
Escapando de tantas teias
Aprendendo a dizer não
Trocava tanto de casa,
que esquecia o endereço
Mas poucas vezes confessava
como era caro aquele preço
Um dia, quebrei um dedo
e o corpo inteiro doeu
Eu fiz o meu próprio brinquedo
mas, depois, esqueci quem me deu
uma temática
Folha murcha
é adubo
Papel passado
é documento
Serenidade
é fé ao cubo
Eternidade
é um momento
Pintar o sete
é travessura
Deitar o oito
é infinito
Endurecer,
mas com ternura
O mar afoito
é tão bonito
é adubo
Papel passado
é documento
Serenidade
é fé ao cubo
Eternidade
é um momento
Pintar o sete
é travessura
Deitar o oito
é infinito
Endurecer,
mas com ternura
O mar afoito
é tão bonito
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
quebra cabeça
Perder o juízo,
para achar o caminho
Juntar as peças,
ao quebrar a cara
Se for preciso,
tocar no espinho
Retomar conversas,
deixar a alma clara
Em Deus acreditar,
mas fazer sua parte
Mais do que sonhar,
viver com arte.
para achar o caminho
Juntar as peças,
ao quebrar a cara
Se for preciso,
tocar no espinho
Retomar conversas,
deixar a alma clara
Em Deus acreditar,
mas fazer sua parte
Mais do que sonhar,
viver com arte.
domingo, 15 de agosto de 2010
o tato sem teto
O corpo tem
a nossa biografia
Rusgas e rugas
Silêncio e folia
Vitórias e fugas
Em meu território,
desenhos imaginários
Iniciais ou por extenso
Personagens lendários
O que sinto e o que penso
Nesse continente,
há ilhas inexploradas,
de clima quente
e areias temperadas
a nossa biografia
Rusgas e rugas
Silêncio e folia
Vitórias e fugas
Em meu território,
desenhos imaginários
Iniciais ou por extenso
Personagens lendários
O que sinto e o que penso
Nesse continente,
há ilhas inexploradas,
de clima quente
e areias temperadas
sábado, 14 de agosto de 2010
desenhando o caminho
Amanheci
com todas as manhãs
que há em mim.
Te conheci
com a casca de avelãs
ou algo assim
O ponto G
é de grito?
Ou, pra você,
é só um mito?
Quanto te custa
envelhecer!
É porque te assusta
ver tudo morrer?
Esqueça a dor
que a vida traz
Desenhe o que for,
sem olhar para trás
com todas as manhãs
que há em mim.
Te conheci
com a casca de avelãs
ou algo assim
O ponto G
é de grito?
Ou, pra você,
é só um mito?
Quanto te custa
envelhecer!
É porque te assusta
ver tudo morrer?
Esqueça a dor
que a vida traz
Desenhe o que for,
sem olhar para trás
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
descompasso
Dê-me seu silêncio
Será guardado, como lembrança
Ele é o resumo de nós dois
Leve sua ausência
Ela pesa demais aqui
É o sumo dos nós
Mede a distância
que separa ontem de hoje
Verá passado demais
Vele a vontade
contida, em segredo
Descompassado, o coração trovejará
Será guardado, como lembrança
Ele é o resumo de nós dois
Leve sua ausência
Ela pesa demais aqui
É o sumo dos nós
Mede a distância
que separa ontem de hoje
Verá passado demais
Vele a vontade
contida, em segredo
Descompassado, o coração trovejará
Contemporaneidade
Este mundo está muito louco
Lógica de cabeça pra baixo
Só queria entender um pouco
Procuro uma razão e não acho
Ficha limpa: é pra valer?
Mulher apedrejada
Paraíso fiscal pro pecado esconder
Pedras que não constroem nada
Celebridade sendo presa
pelas presas da fama
Criança indefesa
maltratada por aqueles que ama
Moradias, em meio ao lixo,
rolando a ribanceira
Político prolixo
enrolando a vida inteira
E até a seleção,
que alegrava um pouco a gente,
trafegou na contramão
de uma idéia indigente
Palestinos e judeus,
iraquianos e afegãos,
acreditam que há um deus
que justifique matar irmãos?
Em meio a tanto horror,
nem tudo está perdido
A esperança está no amor,
que está vivo, mesmo ferido
Lógica de cabeça pra baixo
Só queria entender um pouco
Procuro uma razão e não acho
Ficha limpa: é pra valer?
Mulher apedrejada
Paraíso fiscal pro pecado esconder
Pedras que não constroem nada
Celebridade sendo presa
pelas presas da fama
Criança indefesa
maltratada por aqueles que ama
Moradias, em meio ao lixo,
rolando a ribanceira
Político prolixo
enrolando a vida inteira
E até a seleção,
que alegrava um pouco a gente,
trafegou na contramão
de uma idéia indigente
Palestinos e judeus,
iraquianos e afegãos,
acreditam que há um deus
que justifique matar irmãos?
Em meio a tanto horror,
nem tudo está perdido
A esperança está no amor,
que está vivo, mesmo ferido
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
ao léu
Esse é para nós dois
O que foi dito
e o que ficou pra depois
Lembra daquele foto?
A saudade que não muda,
com controle remoto
Dois olhares que convergiam
Os lugares, os luares que aconteciam
Nadar é a ação do nada?
A singularidade perdida é "ex cada"?
Escapa-me das mãos
o suor, em grãos
Restituo a ti
tudo que, em mim,
sem saber,
escondi
Palavras soltas,
ao léu,
que voam aqui
e no céu
O que foi dito
e o que ficou pra depois
Lembra daquele foto?
A saudade que não muda,
com controle remoto
Dois olhares que convergiam
Os lugares, os luares que aconteciam
Nadar é a ação do nada?
A singularidade perdida é "ex cada"?
Escapa-me das mãos
o suor, em grãos
Restituo a ti
tudo que, em mim,
sem saber,
escondi
Palavras soltas,
ao léu,
que voam aqui
e no céu
o tao da saudade
O sal da terra,
que adoça a plantação
O mal da guerra,
que aguça a solidão
O tao da física,
de princípios parecidos
A tal da música,
que forma pares em meus ouvidos
A nau do tempo,
que naufraga no oceano da eternidade
A mão do vento,
que afaga você, no plano da saudade
que adoça a plantação
O mal da guerra,
que aguça a solidão
O tao da física,
de princípios parecidos
A tal da música,
que forma pares em meus ouvidos
A nau do tempo,
que naufraga no oceano da eternidade
A mão do vento,
que afaga você, no plano da saudade
terça-feira, 10 de agosto de 2010
a lagarta e a escolha
Estamos dormindo ou acordados?
Em movimento ou ancorados?
O que é real?
Ver o que poucos vêem é anormal?
Já esperei, sem receber
Desesperei, de tanto querer
Mas, também, frustrei a espera
de quem acreditou que seria, mas não era
Estamos juntos ou separados?
Conseguimos cumprir os tratados?
Realidade é questão de escolha
Para cada lagarta haverá uma folha
Em movimento ou ancorados?
O que é real?
Ver o que poucos vêem é anormal?
Já esperei, sem receber
Desesperei, de tanto querer
Mas, também, frustrei a espera
de quem acreditou que seria, mas não era
Estamos juntos ou separados?
Conseguimos cumprir os tratados?
Realidade é questão de escolha
Para cada lagarta haverá uma folha
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
a tez da vida
Assombrosa
a insensatez
dos caminhos adversos
Amorosa
é a tez da manhã,
em céus diversos
És tão rosa,
por teus femininos
universos
Mentirosa
é a morte.
Vida à vida,
em prosa
e versos.
a insensatez
dos caminhos adversos
Amorosa
é a tez da manhã,
em céus diversos
És tão rosa,
por teus femininos
universos
Mentirosa
é a morte.
Vida à vida,
em prosa
e versos.
sábado, 7 de agosto de 2010
caminhos e carinhos
Capixaba carioca,
índia que não mora na oca
Goiana mineira,
medita à sua maneira
Paulista, do ABC,
três palitos e faz acontecer
Pernambucana, cabra da peste,
poucas palavras disseste
Do outro lado da ponte,
não há pudor que desponte
A tia que História ensina,
e aí? o que tem poder sobre ti, menina?
A moça de desejos incertos,
que mantém seus caminhos abertos
Eis aqui sutil homenagem
de um caminhante, que pede passagem
índia que não mora na oca
Goiana mineira,
medita à sua maneira
Paulista, do ABC,
três palitos e faz acontecer
Pernambucana, cabra da peste,
poucas palavras disseste
Do outro lado da ponte,
não há pudor que desponte
A tia que História ensina,
e aí? o que tem poder sobre ti, menina?
A moça de desejos incertos,
que mantém seus caminhos abertos
Eis aqui sutil homenagem
de um caminhante, que pede passagem
leveza
Há mortes pequenas
e outras maiores
Há vidas apenas
e vidas piores
Há cortes que, pasmem,
nos deixam melhores
A longa viagem
com bagagens menores
ps: que sorrisos ensinem
o que as dores não sabem
e, ainda que tuas torres desabem
e mesmo que chores,
ores, ores...
e outras maiores
Há vidas apenas
e vidas piores
Há cortes que, pasmem,
nos deixam melhores
A longa viagem
com bagagens menores
ps: que sorrisos ensinem
o que as dores não sabem
e, ainda que tuas torres desabem
e mesmo que chores,
ores, ores...
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
aliterando
Calo...
somente nos pés
Falo...
tem tanto viés
Caio...
Abreu, que os olhos abriu
Falho...
tantas vezes, mais de mil
Ralo...
o cheiro que invade
Raio...
a luz da verdade
somente nos pés
Falo...
tem tanto viés
Caio...
Abreu, que os olhos abriu
Falho...
tantas vezes, mais de mil
Ralo...
o cheiro que invade
Raio...
a luz da verdade
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Trilhas
A chuva fina
desenha trilhas
de estrias
na vidraça.
Quem sabe,
ela sua, somente.
Ou será sua mente
que, suavemente,
mistura a chuva,
que passa,
no vidro, que embaça,
e na gente?
desenha trilhas
de estrias
na vidraça.
Quem sabe,
ela sua, somente.
Ou será sua mente
que, suavemente,
mistura a chuva,
que passa,
no vidro, que embaça,
e na gente?
Tears e teares
Choro as lágrimas alheias
Rechoro, até explodirem minhas veias
Eu me debato, como em teias
E me desato, quando incendeias
Acredito na emoção pura,
que sacode todo o meu ser
E me protejo na luz escura
Mas apareço, sem parecer
Estremeça, não meça
Peça, não impeça
Aqueça, não esqueça
Inflame e ame
Rechoro, até explodirem minhas veias
Eu me debato, como em teias
E me desato, quando incendeias
Acredito na emoção pura,
que sacode todo o meu ser
E me protejo na luz escura
Mas apareço, sem parecer
Estremeça, não meça
Peça, não impeça
Aqueça, não esqueça
Inflame e ame
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
6 de março
Deslizo nos degraus
do que não é,
sem usar o corrimão
Não canso de nadar
contra a maré,
trafegando em contramão
Meu aconchego
está em mim, é minha fé,
sem padre ou sacristão
Mas quando chego
ao teu redor, arredo o pé
de todo descaminho,
nem sinto o chão.
do que não é,
sem usar o corrimão
Não canso de nadar
contra a maré,
trafegando em contramão
Meu aconchego
está em mim, é minha fé,
sem padre ou sacristão
Mas quando chego
ao teu redor, arredo o pé
de todo descaminho,
nem sinto o chão.
solilóquio
Troco palavras por abraços
Corto despesas e caminhos
Toco nas curvas, sem cansaços
Corro nas nuvens, os meus ninhos
Torto o meu desejo, sinuoso
Oco o meu grito, não ecoa
O troco da ilusão é perigoso
Torço para o vento, enquanto voa
Corto despesas e caminhos
Toco nas curvas, sem cansaços
Corro nas nuvens, os meus ninhos
Torto o meu desejo, sinuoso
Oco o meu grito, não ecoa
O troco da ilusão é perigoso
Torço para o vento, enquanto voa
Assinar:
Postagens (Atom)