sábado, 21 de agosto de 2010

precisão

Precisa-se
de marneceiros,
que produzam almas móveis
Precisa-se
de engenheiros,
que construam esperanças
Precisa-se
de advogados,
que defendam a utopia
Precisa-se
de obstetras,
que façam o parto da luz
Precisa-se
de odontólogos,
que extraiam a maldade
Precisa-se
de mágicos,
que distraiam o pessimismo
Precisa-se
de chefs,
que tenham a receita do perdão
Precisa-se
de faxineiros,
que limpem as mentes poluídas
Precisa-se
de adultos,
que saibam brincar
Precisa-se
de tempo,
para poder perdê-lo, sem culpa
Precisa-se
de silêncio,
para ouvir a voz do coração
Precisa-se
de muito pouco,
para entender que tudo o mais é supérfluo.

13 comentários:

  1. Precisa-se...
    De mais poetas, que como você, saibam tocar a alma e sensibilizá-la diante desta vida.

    Um abraço carinhoso

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  2. Lindo!
    Ainda bem que já temos um poeta para nos lembramos do tanto que ainda falta...
    Amei seu poema!

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  3. Oi Helcio!
    Sabe que fiquei pensando que precisa-se de poesias como as suas para nos fazer pensar e tentar entender/sentir que tudo o mais é supérfluo...
    Gostei muito!
    Beijo grande!

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  4. Ahhh! Que lindo!
    Nem tenho o que dizer... é perfeito.

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  5. ... é preciso de esperaça para renovar a fé...

    Perfeita sintonia em tuas palavras, Helcio
    Uma ótima semana pra ti.
    Abraços
    de uma MariAne

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  6. Harmonia em tua semana, Mariane.
    Abraço.

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  7. E como precisa!
    É bom vir aqui e sentir a essência que emana de tudo o que é simples.
    Belíssimo!
    Beijos.

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  8. Ei!
    Agora preciso de horas para colocar em meus ponteiros
    Preciso de balões que retenham o fulgaz desejo de viver
    Preciso dos olhos que capturam o respirar do amor
    Preciso dizer que as palavras voltaram saltitantes feito dança em picadeiro da arte
    Preciso, sim preciso agradecer a acolhida que tive no meu hibernar
    Florescem os botões de flores que resistiram a rajada impetuosa do vento
    As cores voltam no ar

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  9. Vê!! estão voltando as flores...como é bom ler essas palavras entusiasmadas, Mariane.
    Viva a vida!!!

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