Nunca tive catapora
Não sou amigo do rei
Ofereço um abraço a quem chora
O sapo, não fui eu que enterrei
Eu era bem magricelo,
não comia direito
Não sei tocar violoncelo,
mas a vida me toca com jeito
Até fui bom de bola,
de tanto driblar confusão
Não aprendi na escola
o que tenho na palma da mão
As palavras, fiéis companheiras
nunca me deixaram sozinho
Mesmo nas brincadeiras,
sempre fazia um versinho
Paixão pulsando nas veias
Os pés correndo no chão
Escapando de tantas teias
Aprendendo a dizer não
Trocava tanto de casa,
que esquecia o endereço
Mas poucas vezes confessava
como era caro aquele preço
Um dia, quebrei um dedo
e o corpo inteiro doeu
Eu fiz o meu próprio brinquedo
mas, depois, esqueci quem me deu
Muito bem-disposto, este "retrovisor".
ResponderExcluirGostei especialmente da última quadra
Parabéns!
muito bons os seus textos!!!! :)
ResponderExcluir...um dia quebrei o dedo e o corpo inteiro doeu...
ResponderExcluirpenso ter sentido também dor incongruente.