quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

rolezinho

Darei um rolezinho por aí. Sem lenço e sem documento, sem dinheiro no bolso, sem parentes importantes e indo para o interior do meu interior. Com muito amor dentro do peito e pouca coisa na sacola. Lá fora, muitas guerras (sempre frias): de facções, com faces e balas perdidas, de liminares, que nos levam ao limiar da alucinação, de objetivos militares e objetos civis, de egos e seus ilimitados desejos vis. Gente que se acha e que em nada se encaixa em nossos devaneios, levados a leilão. Haverá interessados? O que se esconde na Bolsa, quais os seus valores? Ações sobem como fumaça e descem feito avalanche. Sonhos empinados como pipas e o cerol rondando, afiado como línguas ferinas. Felinas, as ousadias disparam, saltam e se protegem das presas, à espera de algum aliado que as liberte, permitindo que as esperanças, quase inertes, recuperem os sentidos.

2 comentários:

  1. Muito bom, Helcio. E se quiser ler uma ótima crônica sobre esse tema, vá em www.guidoheleno.worpress.com e clique em Olhar domingueiro.
    Um ótimo dia pra você.

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  2. Darei uma olhada, Angela. Ótimo dia para vc também.

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