quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Etiquetas

Consumamos, mais e mais. Já que não amamos, para que pecados veniais? Consumamos, por humanos que somos. Até pelo receio de sumirmos, quando nada compramos. Cada um vale pelo muito que tem a exibir. A os(tentação) tornou-se a única medida aceita no mercado, digo, mundo. A singular moeda de troca. Trocamos todas as coisas que acumulamos. E o cúmulo: permutamos inclusive o
que não é coisa. Sintoma de que coisificamos sentimentos e, claro, pessoas. Colemos, de uma vez, etiquetas em testas. Há quem diga, assegure, que tudo e todos têm preço. 
Quem ousar discordar, que se segure. 
Dos demais, simplesmente me despeço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário