sábado, 18 de março de 2017

Enigmas

Penso nas pessoas que não conheço. Estradas em que não cheguei e de onde não parti. Instrumentos cujos sons me escaparam. Enigmas que sequer pude tentar decifrar. Rostos,
restos de sonhos, rastros de desejos e desventuras. Dores e ardores quase invisíveis. Quase, pois nossas biografias estão tatuadas, sem tinta, em nossos corpos.
Penso nas estrelas que meus olhos não tocaram, nas ruas, florestas, rios, oceanos, montanhas que, para mim, inexistem.
Meu universo é tão pequeno, mas nele cabem tantas coisas.
Até as que nunca vi.

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