segunda-feira, 3 de abril de 2017

Onde já se "vil"?

Estremeço diante da instabilidade contemporânea. 
Crises sistêmicas abalam os alicerces da economia, da política, da fé na vida, da confiabilidade em instituições e intuições.
Lunáticos (nenhuma referência à Lua) aplaudem incendiários ensandecidos.
Falsos ingênuos justificam os desmandos e mazelas, ao entendimento de que "é assim mesmo, sempre foi assim".
Ora, ora!
Aderir ao discurso (e prática) de indivíduos patologizados, portadores de dores que não revelam, que não suportam é abrir as portas ao caos da intolerância, desamor.
Combater a violência com violência?
Isso não resiste à análise perfunctória de um primeiro-anista de Psicologia ou Filosofia. Perdoe-os, Gandhi ("olho por olho e o mundo acabará cego"), eles não sabem o que dizem.
Quanto ao determinismo das coisas, sinto muito, mas isso tem o péssimo hálito da "identificação sorrateira", espécie de investimento tenebroso e pernicioso na eternização das iniquidades.
Só beneficiários contumazes ou candidatos a tal passariam a mão na cabeça dos que perdem a cabeça diante do vil metal.

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