quarta-feira, 9 de novembro de 2011

avenida

Sou um só, mesmo acompanhado.
De camaleão nada tenho, minha cor não varia, meu sorriso não é amarelo.
Azul em meus olhos apenas quando o céu olha para mim.
Carmim é meu coração, depositário de utopias desavergonhadas,
imunes ao lendário crepúsculo que o inútil calendário tenta anunciar.
Não faço sala, nem desfilo na ala dos conformados.
Sou banhado por esperanças e não sofro naufrágios.
Nem sempre gosto do que vejo, mas pior seria não ver.
Preservo por absoluto fascínio as linhas da vida, elas acamparam em
meu rosto e sabem tudo de mim.
Sou à flor da pele.
A cara da minha alma é escancarada, não saberia ficar escondida.
É a mais larga avenida em que eu já caminhei.




3 comentários:

  1. ...Muito melhor ser avenida q becos escuros...E a vida está cheia de becos escuros. Bonita a sua alma...

    Um bom dia...
    Beijinho

    Maria

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  2. Lindas verdades... Verdades descalças, caminhando lentas, na avenida da poesia.

    BeijooO*

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  3. Querido,
    Saio daqui sempre com coração mais feliz.
    Um beijo
    Denise

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