segunda-feira, 26 de março de 2012

Felicidades

Não acredito em felicidade.
Acredito em felicidades.
São várias e únicas, como as estrelas.
Na infância, era feliz quando a manhã nascia azul.
Na adolescência, sempre que a vitória era em preto e branco.
As felicidades não são cumulativas, elas viajam antes que se entediem de nós.
Infeliz de quem tenta aprisioná-las, transformá-las em coisas pertencíveis.
Saboreio a atual e ela me prova.
É da compatibilidade dos paladares que depende a estadia.
Deguste a sua, com o corpo e com a alma.
Outras virão, igualmente diferentes.
Todas e cada uma à imagem e semelhança do que você pede ao Universo.
Em verso ou prosa.

4 comentários:

  1. Ontem li Drummond. Em "divagação sobre as ilhas" ele questiona: "(...) será que se procura realmente nas ilhas uma ocasião de ser feliz, ou um modo de sê-lo? E só se alcançaria tal mercê, de índole extremamente subjetiva, no regaço de uma ilha, e não igualmente em terra comum? (...)"
    Creio que essa índole extremamente subjetiva é que torna a felicidade um grande desafio que todos desejam.
    Você me faz feliz, pai! Seu olhar é ao mesmo tempo crítico e sensível. Adoro a sua vibração com tudo que te faz bem. Beijos de quem te ama muito e é muito feliz por tê-lo como um grande pai.

    ResponderExcluir
  2. Uma de minhas felicidades é ser seu pai, Nana.
    Lindíssimo comentário.
    Beijos!!

    ResponderExcluir
  3. Não existe felicidade, concordo com você, existem momentos!

    Suzana/LILY

    ResponderExcluir
  4. Pois é, Suzana...daí a pluralidade.

    ResponderExcluir