segunda-feira, 16 de julho de 2012

Incandescente

Escrevo o que está em brasas, incandescente. O que nem depende de mim.
As palavras entram em transe e saem embebidas em suor e lágrimas. Nem sempre em rimas. O que verto pode vir de perto ou de muito longe. Invariavelmente é um parto incompleto, já que parte da criação ainda se esconde. O que vai ao mundo uiva,
ostentando todo o desespero que resulta desse estranho tempero de verdade e f
icção.
Fique são (é o que ditam os apóstolos da normalidade) !!
Sanidade é tão parecida com santidade.
Mas essa rima, faço não.
Minha poesia é desatinada, caudalosa, não fica prosa de ser o que é.
É indignada, mas não dirá mais nada...se meu coração não quiser.

2 comentários:

  1. Sua poesia é mais que arretada e provoca erupção...
    Que continue assim desatinando e acalorando...
    E não fique prosa e se faça de rogada não.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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