quinta-feira, 30 de julho de 2015

pessoas e coisas

Hoje é o Dia de combate ao tráfico de pessoas. Santo Deus, gente comercializada como se fora coisa. Se há quem venda, há quem compre. E eu que cheguei a pensar que a escravidão havia sido abolida. Quanta ingenuidade! Seres humanos com tabelas de preços equivale à compreensão de que a humanidade anda pelas tabelas. Ao mesmo tempo, coisas são valorizadas como se pessoas fossem. Smartphones, tablets são apaparicados, acariciados permanentemente por mãos sôfregas de tato. Essas máquinas não raramente recebem mais atenção que filhos, pais, amigos. Até porque as amizades cabem, todas, dentro delas.
Não se deve vender ou comprar gente, pois gente não tem preço. Quanto às máquinas, superestimá-las pode custar muito caro.

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