terça-feira, 12 de abril de 2016

Dos outros

A dor não é tanta que prolongue o prazer. Nem o prazer é tamanho que preserve a dor. Ambos misturam-se e assim ficarão, por mais que insistamos em deixá-los em frascos separados. A inalcançável longevidade da satisfação é tão inquestionável quanto insuportável. Queremos (sempre) o que não temos e, se o tivermos, o querer desaparecerá, num piscar de olhos.
Por isso, somos pródigos e ágeis em soluções para todos os problemas (externos, dos outros). Pois aqueles que dizem respeito somente às nossas inquietas e frágeis existências... bem...desses, os outros cuidarão!

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