sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

por um fio

Pergunta-me uma grande amiga: como confio?
 
Respondo, pestanejando: equilibrando-se no fio que pende entre o seu coração e o outro, fiando-se no piscar de olhos da sua intuição, enfiando-se no aconchego do  seu próprio calor, até que o frio passe, até o fim do impasse.
 
Ela insiste: mas quando isso acontece?
 
Sem pestanejar: nem desconfio, confiar é um grande desafio!
Ela arremata: onde está a verdade nesse conflito maldito? 
Eu remo até a mata de minhas lembranças imemoriais: no silêncio bem dito...
 

2 comentários:

  1. Helcio, que poder vc tem de nos remeter ao imemorial, íntimo, querido, particular!

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  2. Afio as palavras no meio-fio da loucura, Wal.

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