sexta-feira, 13 de julho de 2012

conciliação

Convivo, aos trancos e barrancos, com os tantos personagens que me habitam.
São controversos. Alguns são solidários e catam meus devaneios, por mais espalhados que estejam. Outros desacatam meus versos, proclamando o inverso. O avesso do começo. Quem sabe prefiram o anonimato. Ano após ano, não sei se mato ou alimento a sede de torná-los irmãos. Estendo-lhes as mãos, mas parecem gestos vãos. Pois eles se vão, pelo meu mundo a fora, sem sair de mim. À espera de um milagre ou de algo assim que possa nos conciliar.

2 comentários:

  1. Hélcio amigo poeta, bom dia!
    Convivemos com nossos "eus" que gritam por atenção que se digladiam para assumir o comando.
    Somos habitados por estes seres alienígenas que nos definem.
    Nós somos fragmentados e fragilizados pela divisão.
    Conciliar as diferenças gera as pulsões.
    Sobreviver à essa guerra é a nossa missão.
    Então mãos à obra!
    Haja poesia pra dar conta dessa conciliação!

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  2. Boa tarde, amiga cheia de poesia.
    Haja poesia, Nathalia, para dar conta dessa lição.

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