segunda-feira, 9 de julho de 2012

hermetismo


Não me sensibilizam os insensíveis. Não levo em conta quem faz contas o tempo todo. As calculadoras são suas bússolas. Entram de sola em todas as divididas, pela ânsia insana de multiplicar pseudos ganhos. Por aqui, invisto em valores que não estão na bolsa. Fui ao mercado de futuros e não voltei. Fiquei somente com os presentes, que são somente sementes, que não irei comercializar. Sinto coceiras diante do cientificismo e do ceticismo lineares. Respiro outros ares, impregnados de aromas sutis, de compreensões incompreensíveis aos que não enxergam o invisível. Meu coração é divisível, sem perder a integridade. Ele se entrega às causas e consequências, sem pausas e sem penitências. Os latifúndios da razão são protegidos por cercas de alta tensão. São pobres de intuição e não têm a menor intenção de baixar a guarda. 
O que os aguarda?
Eles são herméticos, eu prefiro Hermeto. 

Seus encantos são cosméticos, eu me encanto com o cosmos.


8 comentários:

  1. Helcio

    Sempre fico impressionada com estas associações, analogias e jogos de palavras que você faz. Genial!

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  2. Amei ! Muito bom !!!! concordo plenamente com a Michele ! "Genial" !!! Beijos

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  3. Hélcio, esta Declaração de amor à liberdade deveria estar estampada em todas as esquinas, repartições e lugares por onde passem os seres humanos com suas aflições e sonhos que escapam dos olhares incontidos, diante da grandeza e da leveza do que nos cerca. Suas palavras são um desagravo àqueles que ficam espremidos entre o incêndio amarelo das horas e a fúria incessante da Rotina, que não prevê poesia alguma em seu calendário de misérias. Abração!

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  4. Que maravilha!

    Muito bom ler você...

    Sempre foi...

    Beijos, Myria.

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  5. Marcelo, é preciso libertar a liberdade, soltá-la de verdade, ser livre à vontade. Abraço!

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  6. Obrigado pelo carinho e incentivo, Alice. Bj

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  7. Michele, são as próprias palavras que brincam entre si. Eternas e ternas meninas.

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