quinta-feira, 12 de julho de 2012

a morte do medo

Sou um pêndulo a te provocar. Para lá e para cá, a hipnotizar.
Sabes que depois de ir, voltarei...mas quando será?
A espera pelo retorno te faz arfar. A mesmice irá zarpar.
Teu ventre é uma harpa prestes a vibrar. 
Entre aspas deverão ficar nossos ditos e feitos.
Eu me dependuro em teus contornos até despencar em teu abismo.
Em torno da ambiência palpitante, a rotina silencia agonizante.
A pele em gotas esgota a fadiga.
Não há quem diga que isso deva cessar.
Acessa os segredos que eu nem conhecia,
confessa que à noite teu medo não dormia,
morrendo de medo de não despertar.

7 comentários:

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  2. É mais ou menos assim
    despertar e ver que se vive
    e manter-se presa a querer
    de novo
    Mas as barreiras impedem
    teria sido melhor, não
    mais acordar...


    Abraços

    Livinha

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  3. Quando o medo não dá corda, o medo não acorda, Livinha.
    Abraços.

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  4. Ah que bom seria decretar a morte do medo!
    Esse tirano mal intencionado que nos devora.
    Menor risco oferece o mundo lá fora.
    Precisamos nos libertar do apego.
    O temor ronda a insônia.
    Terror que se manifesta nas madrugadas
    Iluminadas, encantadas e devassadas.
    Abrem-se aos olhares que nos consomem.
    Suor, torpor e pavor.
    Na escuridão a sombra é verdadeira.
    Reféns dos sonhos que somem,
    Desejamos encontrar o idílio
    Que o vento nos traga a resposta
    Feita de estrelas envoltas em poeira.

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