quarta-feira, 11 de julho de 2012

pegadas

Para que eu me renda,
preciso que você me surpreenda
Não tão devagar, em doses homeopáticas
Capturando com o olhar, mas sem táticas
Pode ser de cara lavada
Melhor ainda com a alma levada
Cabelos e gestos soltos
Pelos eriçados e apelos roucos
Suave blusa a pulsar
Quase confusa engolindo o ar
Pegadas de beijo nos lábios
Apagadas para que as encontrem desejos sábios

6 comentários:

  1. Há quem não se renda, e como renda costuma ser bem trabalhosa, melhor trabalhar na minha ... porque do jeito que me rendo sem pestanejar a coisa anda meio mal explicada =P Pra variar levo daqui algo em que pensar..."matutar tais belezas em lençol acesa" como já disse um alguém cuja companhia e cujas palavras muito aprecio...Bem deixemos meus devaneios para outra página ! Aqui deixarei apenas a minha admiração, por palavras colocadas assim, nessa ordem que me leva em sonhos distantes...

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  2. Devaneios caem bem, como chuva, estrelas cadentes, suor satisfeito e fluidos de satisfação. Sua admiração é alento para este poeta, Alice.

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    1. Alento é uma das minhas palavras preferidas! Esse poeta é que é alento dos dias de Alice que às vezes esquecem das maravilhas de um país de sonhos...

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  3. ... apagadas..., estou de olho "quixote", nos rastos pelas areias, das pegadas os olhares...

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  4. Maria, esse olhar quixote é aguçado!

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  5. Alice, sonhar é alento, é o leito em que vêem à luz as mais maravilhosas ousadias.

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