terça-feira, 31 de julho de 2012

terceiro tempo


Não esperem de mim que eu faça cera, torcendo pro jogo acabar
Torço o nariz para o pouco, meu jeito louco é o infinito sonhar
Esquivo-me das tréguas, há milhões de léguas que meus pés podem alcançar


Se cansar, não corro pra sombra, pois não me assombra o peso das pernas
Leio três livros por vez, mas nem sempre termino. Quem sabe as histórias terminam ficando eternas
A lógica é tão escorregadia, que derrapo em suas poças internas


A água não esfria o corpo quente, um calor que só a gente consegue produzir
Mesmo se acabar a brincadeira, haverá outra maneira de te fazer sorrir
Minhas rimas não pedem vênia e cada vez mais veneram o extasiante porvir

2 comentários:

  1. Caro Hélcio identifico-me muito com você nesta poesia. Vivo com intensidade, inteiramente as minhas verdades. Vivo lendo 3 livros de cada vez e sorvo a vida em prazerosos goles. Não deixo para depois as oportunidades! A vida é aqui e agora! Nenhum marasmo ou rotina vai calar a minha ânsia febril! Pra mim também a vida é plena de calor, o calor dos abraços e dos sentimentos. Por isso não canso de aplaudir de pé a sua verve poética! Viva a palavra fátua!

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  2. Viva a vida fátua, Nathalia!! Vida que deve ser bebida pelo gargalo, para que se derrame em nós, impunemente.

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