sábado, 15 de junho de 2013

Passagens

Custam caro as passagens. 
E as portas são muito estreitas, poucos assentos e assentados.
Ainda por cima, há roletas, algumas quase russas.
O tiro pode sair pela culatra.
Jogos de azar, para quem precisa chegar, onde só ganha quem lá não está.
Muitos narizes para janelas tão poucas, paciências tão roucas.
Custam caro as passagens.
E o tempo que não passa, corpos quase assando, passando da hora de descer.
A consciência sacoleja, haja saco e não há quem os veja.
Alegria congestionada, pensamentos buzinando e eu pensando: até quando, até quando?

Um comentário: