sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

romântrico

Sou um amontoado de dúvidas, de incertezas que ficam à flor da minha pele, como espinhas juvenis. A todo momento, esse acervo de "imperfeições" é provocado. Ouço e leio sobre amor romântico, cuja morte é anunciada de maneira análoga ao fim do mundo. Mais uma vez, minha limitada compreensão das coisas torna-se boquiaberta. Afinal, para que nome e sobrenome ao que simplesmente acontece com o coração da gente? Não sei se meu amor é romântico, talvez seja "romântrico", pois creio que ele se aprimore com o exercício tenaz. É desejável ser constante na inconstância dos sentimentos, senti-los permanentes,
em meio à impermanência de todas as coisas. Portanto, prefiro afirmar que apenas amo. Romântica é a poesia, o poeta é...o poeta. Noutras páginas, sou visitado pela dicotomia esquerda e direita. Esquerdismo versus direitismo, socialismo em confronto com o capitalismo. Ora, ora! Esquerdistas célebres, mormente no poder, são autores de "obras" que nem todos os reacionários seriam capazes de realizar. Aliás, desde (e
mesmo antes) de Maquiavel, a noção de poder assombra gregos e troianos. À sombra, novamente flagro-me embasbacado. E tomo uma decisão: para mim, eticidade, amorosidade, fraternidade, altruísmo, generosidade, elegância e sensibilidade são e serão sempre atributos muito bem vindos, além de vizinhos muitíssimo próximos e íntimos. Digo isso sem olhar para os lados, até porque gosto de olhar de frente.

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