sábado, 7 de janeiro de 2012

tempero e temperança

O cheiro de cebola que leva os olhos da cozinha para
o mundo.
O segundo que traz o cheiro da vontade e da saudade
que se avizinha.
Nacos de canções condimentando o ambiente, temperando
meu hálito.
Hábitos condicionando as possibilidades, distribuídas
inesteticamente pelo corpo das paredes, esticadas
como redes.
Incenso, poeira solar, a memória das manhãs que não
cresceram, que se esconderam do tempo.
O templo adormecido, parecido com algo que conheço
e desacontecido como algo que pareço.
O parecer ignorando as regras e seduzindo a consulta.
A vida que exulta, diante do sorriso irreverente que atravessa
a morte e vai em frente.

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