sexta-feira, 25 de maio de 2012

liberdade.com


Que tal compartilhar liberdades?
Um casal só é singular na grafia, pois há dois em cena.
Originalidade, individualidade não são inimigas do compartilhamento.
O preço de um relacionamento amoroso não deve ser o embotamento,
a asfixia da história de cada um. Não é necessário pedir sempre o mesmo
prato no restaurante, a mesma bebida. A embriaguez saudável pressupõe
livre arbítrio, independência psicológica. As simbioses sufocam apetites, são
convites ao tédio. Há remédio para a insegurança, que tem raízes profundas.
Mas cuidado com a mistura de desamparo e despreparo. Chantagens, ciladas
emocionais desidratam sentimentos. Verbos podem e devem ser conjugados na
primeira do plural, mas qualquer exagero deixa de ser normal. Nós é palavra
terna, mas ao se pretender eterna transforma-se cruelmente em nós de marinheiro,
difíceis de desatar.

Eu sou livre. Você é livre.

Vamos experimentar o som?
Acredite, temos esse dom:

liberdade.com

11 comentários:

  1. Quando o "nós" voltou a ser terno e permitir que exista o "eu", quando a liberdade que gritava em mim tomou de volta seu lugar soberano, quando o outro entendeu que ser livre é a única coisa que sei ser e me deixou ser livre sem fugir...quando viramos as costas ao mundo hipócrita que obriga dois a deixarem de ser livres para ser um acorrentado...foi aí que encontrei a minha alegria! Beijos!

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  2. Você "viveu" o texto, Alice. Que bom!!
    Bjs.

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    1. Vivi não, estou vivendo ! e viver esse blog é uma maravilha =) Beijos ^^

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  3. Ainda melhor, Alice!!
    Deslumbrante gerúndio!
    Bj.

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    1. O nós pode ser conjugado com liberdade e compaixão.
      Sufocação, simbiose alicerces do medo
      Sujeição e grilhões formam os nós.
      Precisamos nos elevar do chão e sós.
      Desnudos e desatados.
      Embriagados, despojados.
      Plenos de paixão!

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    2. E vivendo essa liberdade toda... surgem textos malucos lá no meu cantinho =P sei que parece loucura, mas o tema costuma ser o mesmo do texto do dia daqui, e olha que nem faço de propósito!

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  4. Plenos de paichão (cabeça nas nuvens e pés no chão).

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  5. Helcio querido,
    eu experimento a liberdade de voar pelos meus sonhos todos os dias. Como boa aquariana que sou não sei viver sem ser livre.
    Um beijo
    Denise

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  6. Denise, os peixes fora do aquário são mais belos, por mais livres, mais peixes. Bj.

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  7. Posso tê-lo no meu blog como autor convidado e publicar aqui e ali alguns poemas/pérolas seus?
    Retribuo o abraço carinhoso.

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