terça-feira, 2 de dezembro de 2014

não é hora de partir

Eterna juventude, corpo perfeito? Cai nessa, não. Antes do corpo, mutila-se a mente, submetida à pressão cruel dos paradigmas eleitos e reeleitos
pela gulosa mídia. A comédia humana ganha contornos de tragédia, à medida em que a felicidade é determinada pelas medidas. A balança parece pender para os que dependem dela para sorrir. Sorry! O sorriso verdadeiro está na periferia dos que se arrependem do que são. E, cá pra nós, estar são é o que realmente importa. Qual a necessidade de importar padrões cruéis, que despencam ditatorialmente sobre a autoestima da gente? Para que aceitar que não nos aceitem, a menos que sigamos a receita dos faquires?
A beleza não está nos olhos de quem a vê, mas nos olhos que têm a ver,
concorda?
Cultivar hábitos saudáveis, praticar exercícios, dar umas corridinhas ou caminhadas, evitar comidas industrializadas e só fazer muito amor, que amor não faz mal, isso os médicos e qualquer pessoa antenada faz ou deseja fazer. Mas se desfazer, submetendo-se à escravidão de critérios absurdos é tornar-se surdo ao que diz o próprio coração.
É tempo, isto sim, de almas saradas e não de almas paradas. Como disse Zeca Baleiro: "eu disse calma alma minha, calminha, ainda não é hora de partir..."

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