sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Vida e amor

No começo era o verbo (viver). Mas a espera e o encontro com o amor é que justificam e dão sentido à vida. A vida é só um veículo. O amor é a estrada, o caminho e a chegada. Se não houver amor, nem se pode afirmar que há vida. A carência é ávida, porém o amor é mais que a vida.
E mais: a existência do amor, sua afirmação cotidiana não são sinônimos de namoro, de algo que se pratica a dois. O enamoramento pode ou não conduzir ao amor. Este é muito mais que troca de carícias, muito mais que jogo de sedução, que troca de presentes em datas festivas. O amor é o presente em si, a mais extraordinária festa que ocorre em cada um de nós. E ele é um fenômeno pessoal, intransferível. É nesse sentido que podemos afirmar que não "amamos alguém" e sim "amamos com alguém". Aquele amor estava em você antes e prosseguirá em você depois, ainda que o romance se desfaça.
Por isso, faça as pazes consigo mesmo, acaricie-se, apaixone-se pelo ser inconfundível que você é. Mesmo quando se confunda amor com tesão, estar a sós com solidão. Creia: é impossível ser sozinho feliz. Ou seja, descobrindo e desenvolvendo toda a potencialidade do amor natural que se encontra em você, a felicidade será sua companheira. Sorrirá com e para você, acordará e dormirá em seus braços. Com quem compartilhar esse tesouro? Apenas com quem compreender que ele vale muito mais que ouro e que ninguém poderá jamais tirá-lo de você.

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