quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

amor e saudade

Dizem que a palavra saudade só existe no nosso idioma. Mas pessoas de qualquer ponto do planeta, certamente, podem senti-la. Portanto, sentem, mas não podem expressar o sentimento, em uma só palavra. Saudade é a presença da ausência, é, muitas vezes, antevisão do porvir, presságio bom, é o barco partindo, avião decolando, carta ou e-mail que se espera, telefone que ainda não tocou, dia, hora, minuto e segundo certos para o grande momento, gestado não no ventre, apenas, mas no corpo e na alma, aflitos, sedentos. Saudade é final de algo, que logo recomeçará, é o nada repentino, que se materializará, é domingo que leva o sábado, é dezembro que engole o ano, é o dia que esconde a noite, é tudo que se despede, com a promessa de reaparecer, seja lá como for.
Amor é esquecer o tempo, é, parado, percorrer as avenidas do pensamento, é perder as contas, é fazer de conta que não há mais nada a fazer, senão...amar. Amor é o Sol se pondo, é o dia nascendo, é o céu chovendo verdades infinitas, azuis, estelares, universais. Amor é aos pares - aos milhares, aos milhões, iluminando os porões, libertando os sonhos, enfeitando os corações.
Amor á atributo dos deuses e de todos que, simplesmente, ousam amar.
Amar e sentir saudade é beber a água mais pura e refrescante, é sentir sede e daquela água lembrar...e precisar...e beber...sem jamais se saciar.

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