quinta-feira, 7 de junho de 2012

Esquecer e perdoar


Desapegar e escolher
A leveza da inconsequência
Não se dá conta da confluência
Dos esquecimentos guardados
Em baús semiabertos
Dos ressentimentos encharcados
Que dormem nos frios desertos.
O quê queremos esquecer?
O quê precisamos perdoar?
Quantas emoções tentamos negar?
Pra quê ir embora
Se o quê desejamos é ficar?
A minha insônia é benfazeja!
Não quero a dor esconder!
Verdade deslavada.
Não há nada pra resolver.
Voz que não quer calar.
A janela da alma escancarada
Se é pra ser
Que assim seja!

Rio, 06 de junho de 2012.
Nathalia Leão Garcia

3 comentários:

  1. Eis o 600º!!
    Escancarando a janela da alma para ver tudo que está ao redor, sem dar ré e sem dor. Levemente inconsequente como travessura de criança. Insônia benfazeja como a que acomete as estrelas que, de tão íntimas, no café da manhã acabam adormecendo sobre a mesa.
    Assim seja!

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  2. Derramo meu carinho e gratidão, Nathalia.
    Obrigado pelo presente a este espaço de cogitações poéticas.
    Bj.

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  3. Amigo querido
    Saiba que o presente é compartilhado.
    E me fez um bem danado!
    Saudamos as almas escancaradas!
    Neste espaço de cogitações poéticas
    A exemplo da Democracia Ateniense
    Reunimos-nos na praça
    Dividimos opiniões
    Bradamos os nossos protestos
    Praticamos a con-versação
    Embebida em graça
    Do bálsamo da amizade
    Curvo-me com carinho e gratidão
    Diante da sua generosidade!

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