quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A brecha

Por que esse querer impossível?
Anseio pelo calor e pelo frio
Chega a dar calafrio

Chamo o eterno e o transitório,
em transe quase provisório

Por que esse querer impossível?
Se quero que Maria ria,
Rita se irrita
Das duas uma?
Que a tolice nas dunas do esquecimento suma

Em suma, esse impossível querer
possibilita uma misteriosa brecha
por onde se esgueira a suave flecha
que beija o coração do meu bem querer

6 comentários:

  1. Que bonito ! brechas, flechas, frestas de luz ! Adorei !! Beijos

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  4. O querer que não sossega
    A pulsão que me domina
    A falta que maltrata
    A dualidade que define
    Vontade que me alucina
    Pra quê resistir a essa entrega?
    A vida nem sempre é correta
    Pra todo o lado que me incline
    Vejo uma vontade pirata
    Que me conquista e sequestra
    Parte de mim quer seguir a seta
    A outra prefere a direção oposta
    Na dúvida, fico com as duas.

    ResponderExcluir
  5. Que o querer não sossegue,
    que o desejo não negue,
    que a vontade alucine,
    que a coragem ensine...
    a não optar,
    a peitar a falsa moral
    e a dançar a valsa imoral
    chamada felicidade.

    ResponderExcluir