sexta-feira, 30 de agosto de 2013

numa varanda

Quero morar numa varanda
De frente para o mundo, mas não todo, só a parte da receita que não desanda
Quero morar numa varanda
Onde as cartas do vento possam ser entregues e lidas, sem afobação
Quero morar numa varanda
Em que haja uma cadeira, que não seja de balanço, mas de meditação
Quero morar numa varanda
Com as melhores lembranças brincando à minha volta
Quero morar numa varanda
Um lugar onde as emoções cheguem a qualquer hora, sem escolta
Quero morar numa varanda
Às margens de alguma árvore muito frondosa
Quero morar numa varanda
O canteiro num cantinho onde eu plante os meus versos todo prosa
Quero morar numa varanda
Do tamanho ideal, para caber todo o meu amor
Quero morar numa varanda
Com o coração e os pés descalços e se houver um tapete que seja voador.

4 comentários:

  1. gosto de te ler, Helcio Maia
    por isso volto sempre
    silenciosa ou não

    vou mergulhar em mim por uns tempos
    voltarei nas pontinhas dos pés para não fazer barulho, a esta varanda e outras que não dispenso

    até
    querido amigo

    beijo

    ResponderExcluir
  2. Gosto de ler seus comentários, Vento. Silenciosamente ou não.
    Volte quando quiser.
    Até, minha amiga.
    Bj.

    ResponderExcluir
  3. Lindo! Acho que você já vive em uma varanda, semeando seus belos versos, indo e vindo nesse tapete voador...
    E eu estou aqui, entre quatro paredes, mas viajando por outros corações. Vou pelo menos abrir a janela!

    ResponderExcluir