quinta-feira, 30 de agosto de 2012

dois divididos por dois

Salva-me da lâmina da saudade que chora
De dois divididos por dois
Do vidro que deixa a chuva e tantas coisas do lado de fora
Da calçada  que apaga o caminho depois

Salva-me das horas arrastadas como correntes
Das correntezas que me levam pra arrebentação
Dos reais e imaginários perigos recorrentes
Dos olhares sem emoção

Salva-me do que nunca é agora
Das mentiras inteiras ou em tiras
Do que se quer por perto e vai embora
Das flores que eu planto e tu retiras



8 comentários:

  1. Nunca vi tanta produção em massa com TAMANHA qualidade!!

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  2. Não preciso sair pra comprar mais livros. É só ligar o computador e ficar lendo as suas delícias. E ainda com direito a conversar com o autor?! Que mais eu quero da vida?

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  3. Angela, a produção segue o ritmo da vida: há sempre tanta coisa acontecendo...por isso, vou tecendo minhas teias de poesia.

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  4. A interatividade é a cereja no bolo dos blogs.

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  5. Confesso: Retrata o mais íntimo de mim!

    Um abraço carinhoso

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  6. "Salva-me das horas arrastadas como correntes...
    Dos olhares sem emoção...
    ...
    Salva-me do que nunca é agora
    Das mentiras inteiras ou em tiras
    Do que se quer por perto e vai embora
    Das flores que eu planto e tu retiras."

    Sensibilidade e sincronicidade!
    É exatamente o que peço nas minhas orações!
    Dá vontade de imprimir e colar nas fachadas dos prédios que percorro em meu caminho errático, no chão das ruas em que perambulo. Repetir os seus versos como se fossem um mantra!
    Obrigada por inundar o cotidiano de água fresca da sua fonte!
    Beijos!
    Nathalia


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