terça-feira, 25 de setembro de 2012

A rasura

Minha cura é a minha cara.
Longas jornadas por brevidades tão incontáveis que eu jamais contara.
Procuras desvairadas no jorrar do nada pela beleza brusca e rara.
O sufoco da urgência ofuscando o horizonte e a angústia ali defronte, cara a cara.
Uma secura incontida, contida em mil quereres concomitantes, que meu olhar errante declara.
A rasura na profundidade do desejo feita às claras.
O enigma do bocejo e a ternura do beijo, minha cara.



2 comentários:

  1. ...e eu comigo mesma, cara a cara
    a enfrentar o que não separa, o que
    não muda, no verso e nem no reverso
    da medalha, as rasuras que não
    se apagam

    Não há nada que não escrevas
    que não tenha a divagar
    os teus versos implícitos de admirar...

    Abraços Helcio

    Livinha

    ResponderExcluir