quinta-feira, 8 de setembro de 2011

mania

Não me peçam que me renda aos perigos que nos rondam.
Cheguei antes das ciladas e das luzes apagadas.
Acredito que as ruas são casas de portas nuas e janelas escancaradas.
Recuso-me a blindar minha identidade. Prefiro brindar às frágeis e suaves
eternidades. Abdico da pose patrimonialista, apossando-me somente do
que me pertence: meus devaneios e desatinos.
Só preciso de ar, para respirar e para voar. Não tolham meu espaço,
embora eu não coloque cercas. Escolham o que quiserem, mas não esperem
que os siga. Há quem diga que liberdade não se mendiga. Sou um deles.
Minhas palavras não saem por encomenda. E possuem uma irreverência que
não se emenda. Sou próximo dos que se aproximam, sem que se eximam da
distância. Só não tolero intolerância e mesquinhez. Não sou dono da verdade,
muito menos da mentira. E a mania de amar...ah! essa ninguém me tira.

2 comentários:

  1. Acho que nem sempre nossos posts são confessionais apesar de sempre serem autobiográficos. Mas esse, com toda a sua excelência, esse me parece totalmente confessional, pessoal e intransferível.
    Como ja disse muitas vezes, um maníaco encantador.
    Beijokas.

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  2. Confessional, pessoal, intransferível...e incontornável!! rsrs
    Bjs, Lua.

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