domingo, 12 de abril de 2015

Procura-se talento

Procura-se talento! 
Em diversas áreas da atuação humana, o marketing assume ares de vedete. As grandes atrações estão mais nos cartazes, nas redes sociais do que nos palcos. Talvez não seja mais necessário ser bom para ser famoso. A importância de alguém passou a ser mensurada por outros critérios. O grande negócio é fazer dinheiro, é faturar. Quanto às plateias, crentes ou ateias, entoam seus mantras, seus gritos de guerra, em busca
da paz. Treinar, ensaiar, verter suor, repetir para ser original? Isso é ritual de poucos. E, aos poucos, nos habituamos com a indigência de brilho, com a escassez de genialidade. Há mais geniosos que geniais. Mais gananciosos, mais ansiosos e menos essenciais. Sentimos falta do camisa 10, do nota 10, do destaque que vá além de um carro alegórico.
Que saudade daqueles que não atravessavam o samba, daquela gente bamba, que se equilibrava nas cordas de mesmo adjetivo, com o único objetivo de fazer o povo mais feliz.

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