quinta-feira, 24 de março de 2011

cais e caos

Não consigo escrever na calmaria. A inspiração
se interessa pelo caos, pela hemorragia de sentimentos.
Por isso, não é o silêncio que atrai minhas palavras, mas
a algazarra, as vozes das cigarras anunciando o calor.
Minha poesia não é zen, é yang, é um bangue- bangue
de hipóteses, jamais comprovadas, sem qualquer pretensão,
mas com todo o tesão que a vida injeta em meu olhar.
Quando calo, estou de tocaia. Quando falo, que caia de
minha boca, feito colher na sopa, a verdade que arde, que
queima, que teima em ser saciada.

2 comentários:

  1. Olá ... passando para me deliciar em seus poemas ...

    Doce Beijo

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  2. Helcio

    Incrível como este poema embalou meu coração! É a tradução exata do sentimento que me leva a escrever!
    Aplausos!

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