domingo, 4 de setembro de 2011

Vi duas vezes

Da varanda, dava para ver o mundo. Será que o mundo nos via?
Amanhecia tudo ao redor, a  própria manhã, a imprópria ilusão e nós.
Nossos olhos no mar e o mar nos teus olhos.
O pão chegando e o roupão se despedindo. 
A fome sem nome, pedindo para ficar, sem se fazer entender.
Um barco, ao largo, compondo o silêncio, mas querendo falar.
A varanda tão imensa quanto o  mundo, quanta falta de senso ir embora.
Muito embora tudo deva passar.
E o barco, onde estará?
Na parede da memória ou na história de outro lugar?

14 comentários:

  1. O barco poderá voltar e no mesmo cais ancorar...
    Porque não??

    Obrigada pelo carinho e tão bem vinda visita.
    Uma linda semana de paz e alegrias para ti e para os teus. Felicidades!
    Bjos mil...

    Chris.

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  2. Feito como filme,que no final não muito feliz,todos procuram onde está o seu amor...

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  3. Senti um sabor de Espanha neste poema!!

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  4. Ele está sempre dentro da gente, Thalita!

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  5. Lindíssima semana para você, Chris! Bjs.

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  6. Ahhhhh que coisa linda querido Helcio, belíssimo... Beijo, beijooo
    She

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  7. Enorme sensibilidade a tua que nos faz arrepiar.

    Um BeijooO*

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  8. As vezes a vida chama por nós feito o rio quando corre para o mar eo q nao se viveu tem urgencia de ser vivido.

    Gostei do li,me fez refletir...

    Beijos

    Maria

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  9. Efemérides... que ficam para sempre na varanda iluminada da memória.
    Beijokas.

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  10. Esse chamamento é essencial, é aprópria vida, Maria!

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