terça-feira, 11 de maio de 2010

vida ascendidíssima

Compareci ao ritual de teu silêncio
Vesti-me com simplicidade,
trajava sorrisos de algodão e lágrimas de lã.

Amei o mais imortal dos amores, a sós
A negação da luz eternizou-a,
pois, jamais, se apagará o que não se acendeu.

Tentaste pronunciar duas palavras distintas,
a um só tempo, com cada um dos lábios.
Escutei, apenas, uma, a outra viaja pingente
em tua boca, sem destino.

Meu olhar arde em teus olhos,
minha voz incendeia tua mente.
Vou viajar para dentro de mim,
levando, na bagagem, o presente que era teu:
a vida.

2 comentários:

  1. Pela janela de meu quarto entra um perfume de flor, inebria minha alma tal qual seu poema.

    Não amaste a sós, quem ama, nunca ama só. Com certeza tinha uma mulher apaixonada que se perdia em teu olhar e em teus carinhos.

    Leve sim, de presente a vida, distribua a todos, não deixe guardada na bagagem.

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  2. Seu comentário é mais profundo que o texto. Seguirei o conselho.

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