Quando o sol se puser e os homens calarem
tudo será noite e fim,
não gritarei por mim,
pois só restará minha ausência.
As árvores, com seu brilho e teias,
neblina do mistério,
serão meu mar.
O inconsciente transborda
sem aviso, nem chamado
e tudo se perde, junto a mim.
Vou adiante,
inerte como as multidões,
cantando a morte de todos os olhares negados,
correndo atrás de pássaros,
qual gato selvagem.
A lua não é mais Lua
e, para lá do outro lado que não se vê,
encontro-me e desperto
na transparência de uma rua vazia,
perdida pelos cantos dos olhos.
Sem pressa ou culpa,
sigo a trilha a cada instante,
levando, nas mãos,
luas, sóis e abismos.
É na escada que me encontro
vôo pela escuridão alada,
sou farol na tempestade.
Passo a passo,
correndo, vou para lá,
universo subterrâneo
de vidas e morros que se perdem de vista.
E me desdobro,
clareio
e viro o vento,
uivo de todos os tempos.
esse é lindo demais!!
ResponderExcluirbj
É fruto de um sonho, ou seja, a poesia do inconsciente.
ResponderExcluirEu tenho um pressentimento.
ResponderExcluirUm SENTIMENTO!
Eis o meu momento...