As palavras primeiras de hoje são dedicadas a quem não me dedico,
com habitualidade. Aos que me deram uma fechada, no trânsito, aos
que fecharam a cara, no elevador, aos que sairam de fininho, quando
o caldo engrossou, aos que entraram na dança, para levar vantagem,
aos que invadem o acostamento, só para não perder a viagem, aos
que viajam na maionese, por pura perda de consciência.
Que tal soltarmos o verbo, encarar os fantasmas que nos assustam
mesmo de dia, prendermos um pouco a respiração, para que o ar se
renove, libertando o que sequer imaginamos existir? Somos passageiros
que passam ligeiros pela estrada, afoitos em busca da linha de chegada,
mas descobriremos que o mais importante está muito antes (ou depois) dela.
A vida nos olha da janela e a gente, tantas vezes, nem dá bola pra ela.
Quero ouvir suas histórias, solidarizar nossas memórias, sorrir para os
seus tropeços, em consensual e mútuo pedido de (des)culpas, banindo
de nossos corações a culpa e o ressentimento, para poder sentir mais o que
merece ser sentido. Não somos inimigos, estamos expostos aos mesmos
perigos. Para que sangrar as mesmas feridas, com tantas idas e vindas,
que nos levam ao mesmo lugar?
Exorcizemos nossos gritos, nos desfazendo de tantos mitos que, no fundo,
nos tornaram mais rasos. Não é preciso fixar prazos, mas sejamos razoáveis
e já teremos dado um passo para que tudo fique um pouco melhor.
com habitualidade. Aos que me deram uma fechada, no trânsito, aos
que fecharam a cara, no elevador, aos que sairam de fininho, quando
o caldo engrossou, aos que entraram na dança, para levar vantagem,
aos que invadem o acostamento, só para não perder a viagem, aos
que viajam na maionese, por pura perda de consciência.
Que tal soltarmos o verbo, encarar os fantasmas que nos assustam
mesmo de dia, prendermos um pouco a respiração, para que o ar se
renove, libertando o que sequer imaginamos existir? Somos passageiros
que passam ligeiros pela estrada, afoitos em busca da linha de chegada,
mas descobriremos que o mais importante está muito antes (ou depois) dela.
A vida nos olha da janela e a gente, tantas vezes, nem dá bola pra ela.
Quero ouvir suas histórias, solidarizar nossas memórias, sorrir para os
seus tropeços, em consensual e mútuo pedido de (des)culpas, banindo
de nossos corações a culpa e o ressentimento, para poder sentir mais o que
merece ser sentido. Não somos inimigos, estamos expostos aos mesmos
perigos. Para que sangrar as mesmas feridas, com tantas idas e vindas,
que nos levam ao mesmo lugar?
Exorcizemos nossos gritos, nos desfazendo de tantos mitos que, no fundo,
nos tornaram mais rasos. Não é preciso fixar prazos, mas sejamos razoáveis
e já teremos dado um passo para que tudo fique um pouco melhor.
Gostei da crônica; gosto deste estilo de escrever, e do modo como traduziu o texto, parabéns!
ResponderExcluirQuero lhe convidar a participar do meu blog, todo dia 10 tem sorteio de 10 livros dos novos autores que recem apoio deste blog, e para participar, basta seguir, e deixar um comentário, dizendo - quero participar da promoção; assim o faço por aqui, e certamente, voltarei, um abraço
Outro abraço, Adriana. Também estarei por lá.
ResponderExcluirCordialidade é um luxo!
ResponderExcluir=*
Abraço cordial, Luna!
ResponderExcluirOi Helcio, com certeza temos que exorcizar todas essas coisas, pois acabamos nos perdendo nelas e o que realmente importa fica relegado ao abandono.
ResponderExcluirÓtimo dia pra ti!
Para ti também, Isa!!
ResponderExcluirGostei demais das suas sinceras palavras e desejo em transformar de uma maneira positiva as situações que todos vivemos na vida. Isso é dar chance para o melhor...quem dera muitos sentissem desde jeito e assim a transmutação seria ainda maior...feliz dia amigo...
ResponderExcluirValéria
Posso oferecer para os covardes??
ResponderExcluirBeijos!
Natália, ofereça a todos, independentemente das circunstâncias.
ResponderExcluirDia feliz para você, Valeria!
ResponderExcluirO que somos nós senão o próprio caminho que percorremos, os sentimentos que cultivamos, os amigos (e inimigos...rs) que fazemos, os amores que vivemos? O "sim" é importante em nossa história, mas muitas vezes o que nos põe no percurso certo é justamente o "não". O bom a fazer é não se levar tão a sério e viver em paz consigo e com o mundo.
ResponderExcluirTo adorando essa fase do escritor. Textos mais longo nos quais a alma se revela um pouco mais. Beijokas, Hélcio.
Lua, as antinomias são instigantes. A propósito de "sim" e "não", Mário Quintana escreveu algo assim: só conheci dois sinônimos perfeitos nesta vida: nunca e sempre!!
ResponderExcluirNão se levar tão a sério é uma ótima dica, pois permite afrouxar muitos nós.
Bj, Lua!!