segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

a tela

Vazia está a mente
E sigo, então, contente
Vazia está a mala
Sequer preciso carregá-la
Vazio está o ego
Enchi-me dele, não nego
Vazio está lá fora
Por dentro, plena aurora
Vazio está o passado
Sem amarras, recompensado
Vazio está o futuro
No presente, é mais seguro
Vazia está a morte
Entregue à própria sorte
Vazia está a dor
Extasiada, face à flor
Vazia está a tela
Para que eu a pinte nela




8 comentários:

  1. E quando a mente está vazia somos capazes de produzir as mais belas obras... aquelas que nascem do coração.
    Lindo poema

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  2. Você acertou na mosca, Malu. É a voz do inconciente, do coração que sente, que não mente.

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  3. Que maravilha...somente quando nos esvaziamos do que não vale a pena "carregar" e nos preocupar, podemos preencher a vida com o que realmente nos importa...de infinitas belezas...
    Beijos...
    Valéria

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  4. Vazio que é necessário para se recontruir o melhor.
    Sensacionla, Helcio.

    Bjs no coração!

    Nilce

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