segunda-feira, 4 de julho de 2011

soli(dons)

"...a solidão é fera, a solidão devora, é amiga das horas, prima-irmã do tempo..."
Alceu, ou melhor, à sua consideração uma exposição de espécies do gênero solidão:
- a compartilhada, em que alguém testemunha, silenciosamente, uma lacuna que não
   entende e não preenche;
- a eleita, numa ambiência de retiro espiritual, pausa para balanço, em que nos dispomos
   a ouvir pura e simplesmente nosso próprio silêncio;
- a eventual, no melhor estilo "pit stop", para reabastecer ou simplesmente calibrar as
   idéias, em curto espaço de tempo;
- a propriamente dita, em que toda a impropriedade das ausências lateja mas,
   simultaneamente,  provoca a falta escancarada que, ao não tocar mais nada,
   convoca desejos que transbordam pelos poros, libertando-nos dos porões
   da dita solidão.


4 comentários:

  1. Olá Helcio,

    Agradeço o seu comentário, o que faço sempre no meu blog.
    Quanto ao seu texto de hoje, é bastante filosófico, alás como quase tudo o que escreve.
    Não é um autor de fácil leitura, mas agrada-me.

    Abraços de luz.

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  3. A solidão eleita, essa costuma sempre me acompanhar.

    BeijooO*

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  4. Cultuo uma solidão toda minha e que me faz imenso bem... uma solidão "de estar consigo mesmo" da qual não abro mão mesmo quando estou entre as pessoas.
    Sabe do que eu gostaria? De ler um texto seu sobre um tema qualquer. Adoraria.
    Que bom que vc apareceu lá no Chocolate.
    Beijokas.

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