quinta-feira, 21 de julho de 2011

im(possibilidade)

Parte de mim é impermanência
E outra é metade da saudade
Um pedaço de mim é inocência
E o outro zomba da maldade

Fração do meu ser é oceano
Mas há em mim o continente
Habita-me o mais que humano
E, ao seu lado, um deus veemente

Parte de mim o que não fui
Permanece comigo o indivisível
À espera do que não há, mas a alma intui
Sem querer nada além do quase impossível



6 comentários:

  1. E assim nós vamos nos perdendo e nos encontrando, não é?
    Um beijo
    Denise

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  2. Denise, Vinícius de Moraes disse: "a vida é a arte do encontro, apesar de tanto desencontro pela vida".

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  3. Bom seria estarmos inteiros , seja nas relações , pensamentos ou açoes.
    O poema é lindo Helcio viva o poeta que há em voce.
    abraço

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  4. Mais que bom, é imprescindível que estejmos inteiros em tudo que fizermos nesta vida, Lis.
    Abraço.

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  5. Parte encantada de mim quer, a outra duvida.
    Parte de mim se encanta a outra desconfia.
    E como ondas no mar, vou indo , levando sentindo, levantando e caindo.
    Buscando certeza da incerteza.

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  6. Assim somos, paradoxos, controvérsias, mas também
    versos e braços que rimam, remam, se abraçam, alçam vôos, sem rumo certo, mas certos de que voar é sempre muito melhor.

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