segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

em face

Não sou bem comportado, escancaro a porta, curto
carta e carreata, mas enjeito o que não ata nem desata.
Cato desacatos casuais, mas não me encantam os normais,
os que não se encantam mais.
Não ando pelos cantos, mas entoo cantos, lá pelas tantas,
e os repito, como mantras, sem enjoo.
Faço e desfaço a cama, sem desfaçatez, quero o mel, o céu
sem véu, quero tudo de uma vez, sem revés.
Chamo a chama, grito contrito, que meu eco vôe e encontre
ouvidos que ouçam.
Nada de pouso ou repouso, eu ouso.
Confio no difuso, mas não me aparafuso.
Sigo cadente, mas não consigo sorrir como o contente, que não
conhece alegria ou tristeza, que prefere a decadente certeza de
não ter o que mudar.
Meu sorriso é mutante, ele abraça cada instante.
Meu olhar não tem disfarce, ele toca em cada face e nunca sei se vai voltar.

6 comentários:

  1. Olá querido, pra variar amei, e que rico que está, cheio de entrelinhas, adoro!
    Obrigada pelo carinho lá no meu Cantinho e fico feliz em saber que gosta do meu Cantinho e que deseja ler o meu livro... ;)
    Beijo, beijo!
    She

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  2. Quanto querer, quanta energia, quanto amor a vida!!Abraços

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  3. Obrigado pelo carinho, She e quero mesmo ler o seu livro, tá?

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  4. Voce é espcial Helcio
    que bonito isso!
    nao só o sorriso é mutante, a inspiração é latente
    e fico querendo tudo de uma vez também!! rs
    gosto muito da forma que usa as palavras todas.
    Parabéns

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  5. Obrigado, Lis, por suas palavras tão afetuosas.

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